Liliane Cabral Cavalcanti, Geórgia de Sousa Ferreira Soares, Cássia Borges Lima de Castro, R. Guedes
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Abstract
Este trabalho investiga o efeito da administração simultânea da lectina Concanavalina A (ConA) com o ácido ascórbico (AA) sobre o fenômeno dependente da excitabilidade cerebral conhecido como Depressão Alastrante Cortical (DAC). Ratos Wistar machos (n = 40), recém-nascidos e normonutridos, amamentados em ninhadas com 6-7 filhotes, foram tratados diariamente do dia pós-natal 5 ao 24 com solução salina ou 10mg/kg/dia de lectina, e do dia 7 ao 24 com salina ou ácido ascórbico (por gavagem), respectivamente, formando quatro grupos distintos: o grupo Ingênuo (sem tratamento); o grupo Sal+Sal (salina 0,9% em ambas as vias); o grupo Lec10+Sal (lectina 10mg intraperitoneal e salina 0,9% por gavagem) e o grupo Lec10+AA (lectina 10mg intraperitoneal e ácido ascórbico 30mg por gavagem). Aos 90-120 dias de idade, a DAC foi quimicamente induzida no córtex frontal e registrada em dois pontos da região parietal durante 4 h, e seus parâmetros de velocidade de propagação, amplitude e duração das ondas foram mensurados. Como apresentam estudos anteriores, a ConA diminuiu a velocidade da DAC, em comparação com os grupos controles (Ingênuo e Sal+Sal). A administração concomitante da ConA com o AA inverteu esse efeito, aumentando a velocidade da DAC (p < 0,01), em comparação com todos os grupos. Achados confirmam a ação da ConA sobre a atividade elétrica do cérebro, caracterizada pela redução da propagação da DAC. Mostra-se que o AA pode interferir nesse efeito. Com base nesses resultados, pode-se sugerir que o efeito da ConA sobre a DAC pode envolver reações de óxido-redução, visto que o AA reverteu esse efeito. Contudo são necessários mais estudos para melhor compreensão dos processos relacionados com essa interação ConA/AA.