{"title":"O Campo Turístico: uma perspectiva sócio-política para estudar a ação e sua estruturação","authors":"T. Pimentel","doi":"10.34019/2448-198x.2020.v6.33132","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Este artigo reúne e sistematiza desenvolvimentos anteriores realizados pelo autor com base no conceito de campo turístico, assim como explora algumas de suas implicações, em particular, para lidar com o problema da ação e interação social –dos diferentes agentes, sejam eles individuais ou coletivos–. A abordagem da teoria dos campos sociais para lidar com as ações e interações que ocorrem em um campo social empiricamente determinado - neste caso, o campo turístico - parece fornecer um modelo teórico capaz de compreender e explicar esta realidade, uma vez considerados os fatores internos e externos dos mesmos, sobrepondo-se aos modelos tradicionais, em particular os econômicos - sejam eles de oferta ou de demanda - que baseiam suas explicações em uma parte dos fatores. Enquanto a reprodução social do campo se explica pela tendência à conservação do capital, sobretudo, ligada a um pequeno grupo de atores que tende a determinar a direção da atividade de acordo com seus interesses privados, marginalizando a ação dos grupos mais fracos; a mudança social está geralmente relacionada à inclusão de novos agentes, capital ou estratégias de ação, o que implica na redistribuição coletiva dos capitais historicamente acumulados. A ênfase estritamente econômica dada à atividade pode ser superada pela existência de outros tipos de capital - social, cultural, ambiental, etc. - e suas implicações na conformação da estrutura do campo e no posicionamento dos agentes no mesmo. \nPalavras-chave: Bourdieu; Turismo; Campo Turístico; Ação coletiva organizada.","PeriodicalId":107563,"journal":{"name":"Revista Latino-Americana de Turismologia","volume":"106 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2020-12-30","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Revista Latino-Americana de Turismologia","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.34019/2448-198x.2020.v6.33132","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
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Abstract
Este artigo reúne e sistematiza desenvolvimentos anteriores realizados pelo autor com base no conceito de campo turístico, assim como explora algumas de suas implicações, em particular, para lidar com o problema da ação e interação social –dos diferentes agentes, sejam eles individuais ou coletivos–. A abordagem da teoria dos campos sociais para lidar com as ações e interações que ocorrem em um campo social empiricamente determinado - neste caso, o campo turístico - parece fornecer um modelo teórico capaz de compreender e explicar esta realidade, uma vez considerados os fatores internos e externos dos mesmos, sobrepondo-se aos modelos tradicionais, em particular os econômicos - sejam eles de oferta ou de demanda - que baseiam suas explicações em uma parte dos fatores. Enquanto a reprodução social do campo se explica pela tendência à conservação do capital, sobretudo, ligada a um pequeno grupo de atores que tende a determinar a direção da atividade de acordo com seus interesses privados, marginalizando a ação dos grupos mais fracos; a mudança social está geralmente relacionada à inclusão de novos agentes, capital ou estratégias de ação, o que implica na redistribuição coletiva dos capitais historicamente acumulados. A ênfase estritamente econômica dada à atividade pode ser superada pela existência de outros tipos de capital - social, cultural, ambiental, etc. - e suas implicações na conformação da estrutura do campo e no posicionamento dos agentes no mesmo.
Palavras-chave: Bourdieu; Turismo; Campo Turístico; Ação coletiva organizada.