{"title":"Rasgo coletivo: imagens dos atravessamentos entre Arte e Saúde Coletiva no Projeto Vidas Paralelas Migrantes","authors":"C. Washington","doi":"10.18569/TEMPUS.V14I3.2864","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Parte da pesquisa de doutorado “Rasgo: a arte de engendrar espaços” foi realizada na França, vinculada ao Projeto Vidas Paralelas Migrantes: Perspectivas Brasil-França (PVPM), coordenado pelo Laboratório de Saúde Indígena e do Trabalhador do Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva da Universidade de Brasília. A pesquisa interdisciplinar entre Arte e Saúde Coletiva, através de produções imagéticas realizadas na França por migrantes, apontou para o rasgo como um procedimento comum às duas disciplinas, a priori distantes. O rasgo é um procedimento em arte que se caracteriza por um movimento de atravessamento de limites para a criação de espaços, enquanto a metodologia do PVPM busca, entre outros objetivos, a produção de saberes e a transposição de obstáculos. Essa é também a atitude do migrante frente a fronteira, seu objetivo é ultrapassá-la. Se pensarmos que os sistemas estéticos e políticos dominantes de produção e distribuição massiva de imagens de migrantes são um limite à pluralidade identitária, de que maneira as práticas de produção coletiva de imagens do PVPM colaboram para a dissolução desse limite? Nosso objetivo é demonstrar como as imagens produzidas nos atravessamentos entre Arte e Saúde Coletiva no Projeto Vidas Paralelas Migrantes rasgam os sistemas de homogeneização identitária.","PeriodicalId":347735,"journal":{"name":"Tempus – Actas de Saúde Coletiva","volume":"18 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2021-06-16","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Tempus – Actas de Saúde Coletiva","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.18569/TEMPUS.V14I3.2864","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
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Abstract
Parte da pesquisa de doutorado “Rasgo: a arte de engendrar espaços” foi realizada na França, vinculada ao Projeto Vidas Paralelas Migrantes: Perspectivas Brasil-França (PVPM), coordenado pelo Laboratório de Saúde Indígena e do Trabalhador do Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva da Universidade de Brasília. A pesquisa interdisciplinar entre Arte e Saúde Coletiva, através de produções imagéticas realizadas na França por migrantes, apontou para o rasgo como um procedimento comum às duas disciplinas, a priori distantes. O rasgo é um procedimento em arte que se caracteriza por um movimento de atravessamento de limites para a criação de espaços, enquanto a metodologia do PVPM busca, entre outros objetivos, a produção de saberes e a transposição de obstáculos. Essa é também a atitude do migrante frente a fronteira, seu objetivo é ultrapassá-la. Se pensarmos que os sistemas estéticos e políticos dominantes de produção e distribuição massiva de imagens de migrantes são um limite à pluralidade identitária, de que maneira as práticas de produção coletiva de imagens do PVPM colaboram para a dissolução desse limite? Nosso objetivo é demonstrar como as imagens produzidas nos atravessamentos entre Arte e Saúde Coletiva no Projeto Vidas Paralelas Migrantes rasgam os sistemas de homogeneização identitária.