{"title":"DIÁLOGOS COM AS MASCULINIDADES POR MEIO DA PERSPECTIVA INTERCULTURAL E DA COEDUCAÇÃO NA EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR","authors":"Ana Paula dos Santos, L. T. D. Brito","doi":"10.12957/e-mosaicos.2023.74987","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Este estudo buscou problematizar sentidos das masculinidades em discursos circulantes na Educação Física escolar, a partir do recorte de uma pesquisa mais ampla que discutiu as relações de gênero nas aulas de Educação Física por meio da perspectiva multi/intercultural. Além da utilização de uma perspectiva fundamentada na educação intercultural, destacamos também a dimensão da coeducação na problematização das questões de gênero nas aulas de Educação Física. Partimos do pressuposto que essas duas concepções em diálogo podem contribuir para a discussão e tensionamento das questões de gênero e, consequentemente, sobre o tema da masculinidade. Para tanto, recorremos a análise de um grupo de discussão com estudantes do 5º ano do ensino fundamental de uma escola pública e entrevista realizada com o professor de Educação Física da referida turma. Como descoberta relevante, identificamos a dominância dos meninos nos espaços de aula, o cerceamento dos meninos às meninas nas práticas realizadas em conjunto e, além disso, o sofrimento de meninos que não se enquadravam no modelo de masculinidade tóxica/hegemônica por não aderirem a tal modelo normativo. Em relação ao professor, identificamos percepções essencialistas acerca das construções das masculinidades e feminilidades e, em contrapartida, uma ênfase na importância da formação inicial e continuada de professores em abordar os temas gênero e sexualidade. Assim sendo, defendemos a ampliação de pesquisas sobre as masculinidades no campo da Educação, problematizando aspectos diversos das desigualdades de gênero, como também de danos causados a meninos e jovens pela incorporação nociva da masculinidade tóxica/hegemônica.","PeriodicalId":222680,"journal":{"name":"e-Mosaicos","volume":"6 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2023-06-26","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"e-Mosaicos","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.12957/e-mosaicos.2023.74987","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
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Abstract
Este estudo buscou problematizar sentidos das masculinidades em discursos circulantes na Educação Física escolar, a partir do recorte de uma pesquisa mais ampla que discutiu as relações de gênero nas aulas de Educação Física por meio da perspectiva multi/intercultural. Além da utilização de uma perspectiva fundamentada na educação intercultural, destacamos também a dimensão da coeducação na problematização das questões de gênero nas aulas de Educação Física. Partimos do pressuposto que essas duas concepções em diálogo podem contribuir para a discussão e tensionamento das questões de gênero e, consequentemente, sobre o tema da masculinidade. Para tanto, recorremos a análise de um grupo de discussão com estudantes do 5º ano do ensino fundamental de uma escola pública e entrevista realizada com o professor de Educação Física da referida turma. Como descoberta relevante, identificamos a dominância dos meninos nos espaços de aula, o cerceamento dos meninos às meninas nas práticas realizadas em conjunto e, além disso, o sofrimento de meninos que não se enquadravam no modelo de masculinidade tóxica/hegemônica por não aderirem a tal modelo normativo. Em relação ao professor, identificamos percepções essencialistas acerca das construções das masculinidades e feminilidades e, em contrapartida, uma ênfase na importância da formação inicial e continuada de professores em abordar os temas gênero e sexualidade. Assim sendo, defendemos a ampliação de pesquisas sobre as masculinidades no campo da Educação, problematizando aspectos diversos das desigualdades de gênero, como também de danos causados a meninos e jovens pela incorporação nociva da masculinidade tóxica/hegemônica.