{"title":"A CIÊNCIA DO MESTRE","authors":"B. Borges","doi":"10.5216/rpp.v16i2.55742","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Neste texto, proponho uma leitura a partir da filosofia da diferença acerca do lema de Jean-Baptiste de La Salle (1651-1719) sobre a formação dos professores, que consiste, segundo ele, em “tirar dos novos mestres o que têm, e não devem ter; e, dar-lhes o que não têm, e é muito necessário que tenham[1]”. Sem, contudo, tomar este lema como objeto em sua forma histórica, caberá aqui apresenta-lo como ressonância a uma preocupação reincidente sobre os indivíduos que se ocupam da educação dos outros, o professorado. A consideração a que chego é a de que os saberes conformados em torno de uma “ciência do mestre” consideram o que, no campo da filosofia da diferença, posso chamar de conhecimento perceptivo. Insuficiente, no entanto, esse conhecimento parece inviabilizar outras dimensões da experiência educativa como os afetos e os conceituais que, quando muito, tangenciam essa prática.[1] Cf. Mialaret; Dottrens (1974) Cit. “A partir de La conduite dês écoles chrétiennes,” p. 305-312, basicamente, um exercício de formação moral.","PeriodicalId":435794,"journal":{"name":"Poíesis Pedagógica","volume":"112 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2019-01-21","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Poíesis Pedagógica","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.5216/rpp.v16i2.55742","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
引用次数: 0
Abstract
Neste texto, proponho uma leitura a partir da filosofia da diferença acerca do lema de Jean-Baptiste de La Salle (1651-1719) sobre a formação dos professores, que consiste, segundo ele, em “tirar dos novos mestres o que têm, e não devem ter; e, dar-lhes o que não têm, e é muito necessário que tenham[1]”. Sem, contudo, tomar este lema como objeto em sua forma histórica, caberá aqui apresenta-lo como ressonância a uma preocupação reincidente sobre os indivíduos que se ocupam da educação dos outros, o professorado. A consideração a que chego é a de que os saberes conformados em torno de uma “ciência do mestre” consideram o que, no campo da filosofia da diferença, posso chamar de conhecimento perceptivo. Insuficiente, no entanto, esse conhecimento parece inviabilizar outras dimensões da experiência educativa como os afetos e os conceituais que, quando muito, tangenciam essa prática.[1] Cf. Mialaret; Dottrens (1974) Cit. “A partir de La conduite dês écoles chrétiennes,” p. 305-312, basicamente, um exercício de formação moral.