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Abstract
A discussão sobre a diversidade sexual e direitos da população LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Transgêneros) tem entrado em pauta no Brasil cada vez mais, ganhado visibilidade nas discussões educacionais e também na mídia em geral. As eleições presidenciais de 2014 e, posteriormente, os debates na construção do Plano Nacional de Educação (PNE) e dos respectivos planos estaduais e municipais de educação em 2015 puxaram esse assunto para o centro do debate em diversos momentos, mesmo que ainda de forma bastante superficial. A esquerda no Brasil formulou muito pouco sobre a questão, e tem uma atuação quase nula junto aos movimentos sociais reais dessa parcela de nossa classe. Em nossa atuação como professores e professoras, somos demandados corriqueiramente a lidar com essa discussão, uma vez que a sexualidade, enquanto uma construção social e histórica, vai estar presente desde a infância nos nossos alunos, seja através dos xingamentos, seja através da erotização midiática ou seja através de práticas educacionais que valorizem o ser humano em sua diversidade de expressões. É urgente, portanto, fazer essa discussão acontecer em nosso meio, e preencher essas lacunas tanto do âmbito educacional quanto no meio da luta dos trabalhadores. Nossa intenção nesse texto é socializar com o conjunto de nossa categoria algumas peças desse debate, sem a pretensão de conectá-las ou de aprofundá- las, mas sabendo que no fundo são todas características de uma importante fatia de nossa classe. Fazemos isso no intuito de que essa discussão saia da superficialidade com que é tratada pela mídia e pelos meios políticos e religiosos, e muitas vezes também pelo debate educacional. Vamos analisar alguns pontos importantes que abordam esse tema para incentivar e embasar nossas discussões em nossos locais de trabalho, mesmo que de forma inicial.