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Abstract
Este artigo tem como objetivo entender e analisar o fenômeno recente do banco central chinês (o PBoC) em firmar acordos de swap (Bilateral Swap Agreements, BSAs) com uma extensa rede de países ao redor do globo. Estes acordos assinados pela China diferem da função original para qual foram criados - de uma medida emergencial para uma estratégia de parceria financeira bilateral preventiva. A literatura acredita que estes acordos constituem parte das políticas do governo chinês para alavancar a internacionalização de sua moeda (o RMB), ou ainda que servem como suporte para intensificação das relações bilaterais de comércio com a China. Utilizamos como meio de análise dados do uso do RMB para pagamentos internacionais e informações bibliográficas de economias que sacaram o acordo, transformando um desses países - a Argentina num estudo de caso mais aprofundado. Após uma análise temporal do uso internacional do RMB, os resultados até então não mostraram um aumento significativo na utilização da moeda para pagamentos internacionais, visto que os poucos acordos sacados foram utilizados para comprar dólar ou para comprar produtos chineses, fazendo assim o capital em RMB retornar para a China; o que de certa maneira não acaba sendo uma desvantagem, visto que fortalece a indústria chinesa e as relações comerciais, bem como faz Pequim ser vista como uma opção de financiamento viável em caso de crises.