Renata Olívia Gadelha Romero, Juliana Aparecida da Silva, L. B. D. Medeiros, É. D. O. R. Lima, Juliana Miranda Soares Campos, Denise Guerra Wingerter, Ivoneide Lucena Pereira, Joanna Angelica Araújo Ramalho, Renata Cândido da Silva
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Abstract
Introdução: A sífilis congênita ainda ocupa espaço entre as causas básicas de óbitos infantis, sobretudo entre as perdas fetais, contribuindo para os desfechos negativos da gestação. A transmissão vertical da sífilis representa uma falha na identificação da gestante infectada ou na aplicação das medidas profiláticas para diminuir a transmissão e, por isso, deveria ser considerada um evento sentinela. Objetivo: Descrever o perfil das gestantes e as causas mencionadas ao óbito por sífilis congênita. Métodos: Foi realizado um estudo descritivo, retrospectivo, com abordagem quantitativa, dos óbitos por sífilis congênita notificados no Sistema de Informação de Mortalidade no período de 2010 a 2020 no estado do Rio Grande do Norte. Resultados: No período analisado, houve o registro de 82 óbitos por sífilis congênita, dos quais 17% (14) ocorreram no ano de 2018, apresentando uma discreta tendência de declínio o número de óbitos nos anos subsequentes; 63,4% (52) das gestantes tinham entre 14 e 24 anos, 34,1% (28) das gestantes tinham o ensino superior incompleto, 25,6% (21) residiam na região metropolitana do estado, 51,2% (42) dos óbitos foram fetais e 46,3% (38) desses óbitos tinham como causa básica a sífilis congênita precoce não especificada. Conclusão: O monitoramento e a avaliação de indicadores pertinentes à avaliação da mortalidade perinatal por sífilis congênita devem ser estratégias que possam promover a análise de situação de saúde por meio das ações de controle e, com isso, propiciar meios de orientar e reforçar a qualidade do cuidado a gestantes no pré-natal para assim eliminar a transmissão vertical da sífilis, especialmente a mortalidade perinatal, como problema de saúde pública.