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Abstract
Nao e razoavel pensar a retomada de um projeto nacional-desenvolvimentista que promova reducao das desigualdades e integracao regional, sem que se leve em conta que hoje temos um Brasil bem distinto de duas decadas atras. Como em outras partes do mundo, as financas alcancaram a condicao de centro dinâmico da economia promovendo enorme extracao de valor da economia real. Tudo esta se transformando em ativos em meio a colossais inovacoes financeiras que usando os fundos e as plataformas digitais realizam enorme captura de excedentes num “capitalismo de gestao de ativos”. Dominacao tecnologica que amplia a hegemonia financeira. O mercado de capitais passou a dirigir politicas setoriais no lugar do Estado, numa logica ainda mais radical de extracao de valor do trabalho na economia brasileira. Em breve diagnostico, este texto propoe um debate mais amplo sobre como confrontar essa realidade em curso num processo que nao e natural e sim opcao neoliberal e excludente. Na essencia e necessario retomar o protagonismo do Estado, a soberania da Nacao e nossa capacidade de intervencao em politicas economicas-setoriais-regionais-territoriais e sociais. So a politica pode ou nao realizar essa tarefa.