Suzana Costa Carvalho Neri, Maria das Graças Queiroz Machado, M. E. D. C. Almeida, Liana Figueirêdo Almeida de Souza, Emanuelle Rocha da Purificação, Vanessa Sousa Lima
{"title":"Diagnóstico situacional das práticas integrativas e complementares em saúde na Bahia: um estudo transversal","authors":"Suzana Costa Carvalho Neri, Maria das Graças Queiroz Machado, M. E. D. C. Almeida, Liana Figueirêdo Almeida de Souza, Emanuelle Rocha da Purificação, Vanessa Sousa Lima","doi":"10.22278/2318-2660.2023.v47.n1.a3661","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Práticas Integrativas e Complementares em Saúde (PICS) são racionalidades médicas e recurso terapêuticos de cuidado que buscam a promoção, a prevenção, a recuperação e o tratamento da saúde compreendendo o indivíduo em toda a sua integralidade. Essas práticas foram institucionalizadas no Brasil em 2006, através da Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC), e na Bahia em 2019, com a Política Estadual de Práticas Integrativas e Complementares em Saúde (PEPIC). O objetivo deste estudo foi descrever a situação das PICS no estado, bem como o processo de implantação/implementação da PEPIC. Trata-se de um estudo descritivo de corte transversal, com dados primários obtidos por meio da aplicação de formulário eletrônico. As variáveis de interesse foram: oferta das PICS; registro nos sistemas de informação; dados sobre a gestão municipal; e formação e capacitação profissional. Dos 417 municípios do estado, 109 (26,1%) responderam à pesquisa e, destes, apenas 38 (34,9%) relataram ofertar PICS. Os municípios que ofertam PICS apresentaram dúvidas sobre: financiamento (38); avaliação e monitoramento (20); planejamento e implantação (19); e implementação (18). Os demais relataram não ofertar PICS e apresentaram como motivos para isso: não dispor de profissionais com formação adequada (38); e falta de recurso financeiro (21). Os dados obtidos demonstraram baixa inserção das PICS nos serviços de saúde, reforçando que as ações de monitoramento são importantes ferramentas para compreender a realidade e nortear as ações da gestão em saúde. Sugere-se que, considerando as limitações apresentadas neste estudo, sejam realizadas novas atividades de monitoramento para avaliação e apoio efetivo às PICS na Bahia.","PeriodicalId":306125,"journal":{"name":"Revista Baiana de Saúde Pública","volume":"63 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2023-06-19","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Revista Baiana de Saúde Pública","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.22278/2318-2660.2023.v47.n1.a3661","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
引用次数: 0
Abstract
Práticas Integrativas e Complementares em Saúde (PICS) são racionalidades médicas e recurso terapêuticos de cuidado que buscam a promoção, a prevenção, a recuperação e o tratamento da saúde compreendendo o indivíduo em toda a sua integralidade. Essas práticas foram institucionalizadas no Brasil em 2006, através da Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC), e na Bahia em 2019, com a Política Estadual de Práticas Integrativas e Complementares em Saúde (PEPIC). O objetivo deste estudo foi descrever a situação das PICS no estado, bem como o processo de implantação/implementação da PEPIC. Trata-se de um estudo descritivo de corte transversal, com dados primários obtidos por meio da aplicação de formulário eletrônico. As variáveis de interesse foram: oferta das PICS; registro nos sistemas de informação; dados sobre a gestão municipal; e formação e capacitação profissional. Dos 417 municípios do estado, 109 (26,1%) responderam à pesquisa e, destes, apenas 38 (34,9%) relataram ofertar PICS. Os municípios que ofertam PICS apresentaram dúvidas sobre: financiamento (38); avaliação e monitoramento (20); planejamento e implantação (19); e implementação (18). Os demais relataram não ofertar PICS e apresentaram como motivos para isso: não dispor de profissionais com formação adequada (38); e falta de recurso financeiro (21). Os dados obtidos demonstraram baixa inserção das PICS nos serviços de saúde, reforçando que as ações de monitoramento são importantes ferramentas para compreender a realidade e nortear as ações da gestão em saúde. Sugere-se que, considerando as limitações apresentadas neste estudo, sejam realizadas novas atividades de monitoramento para avaliação e apoio efetivo às PICS na Bahia.