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Abstract
O tambor de sopapo é um instrumento de grandes dimensões, feito originalmente com tronco de árvore e couro, cuja origem é associada às charqueadas. Este artigo aborda o seu papel na cultura, memória e identidade da comunidade afro-sul-riograndense, percorrendo sua trajetória, desde suas origens até a contemporaneidade. A discussão aponta o sopapo como um dos elos que conecta a herança africana, as memórias traumáticas do período da escravidão e o contexto cultural contemporâneo. Nesse caminho, o risco de esquecimento se revela como potência na promoção de uma reinvenção e reinserção do tambor como elemento identitário, em diferentes situações e lugares. As conclusões indicam que a memória e a identidade associadas ao sopapo parecem se metaforizar na intensidade e duração do seu som grave, ou seja, na sua capacidade de resistência e reinvenção em cada contexto, conectando gerações.