{"title":"Exegese do Salmo 72 à luz da Análise Retórica Bíblica Semítica. Um rei que espelha o coração de Deus","authors":"Waldecir Gonzaga, Jane Maria Furghestti","doi":"10.23925/RCT.I99.54785","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"No Salmo 72, o salmista roga a Deus em favor da futura dinastia. Ele suplica por um monarca que saiba seguir os padrões divinos de justiça e retidão. Para isso, ele invoca a bênção divina sobre a dinastia davídica. Para ser um instrumento da realeza de Deus na terra, o monarca precisa viver e agir de acordo com a vontade divina (Sl 72,1). A manutenção da paz e da prosperidade reside na sabedoria do rei, em preservar a bênção por muitas gerações, realizando um governo de justiça e julgamento. A prosperidade do rei ungido será comparada à chuva sobre a campina, numa imagem vivificante, que remete a um novo renascimento para o povo de Deus (Sl 72,5-6). O governante exercerá grande domínio sobre as nações, que se submeterão a ele e o bendirão para sempre. Haverá um longo período de paz e estabilidade, com um governo justo e próspero (Sl 72,9-11). O Sl 72 centraliza qualidades e atitudes necessárias para o governo de um grande rei. Ele viverá para defender os oprimidos (vv.12-13). Será um governo de paz e segurança aos vulneráveis e justiça aos injustiçados (vv.16-17). O salmista utiliza da expressão metafórica יִֽירָא֥וּךָ עִם־שָׁ֑מֶשׁ וְלִפְנֵ֥י יָ֜רֵ֗חַ (“Eles te temerão sob o sol e diante da lua”) para retratar a duração do governo do rei, um reino que subsistirá ao tempo, semelhante ao sol e à lua (vv.5; 7;17). A mensagem do Sl 72 vai além dos descendentes de Jessé, ao fazer referência ao reino universal e eterno de um soberano perpétuo.","PeriodicalId":369264,"journal":{"name":"Revista de Cultura Teológica","volume":"8 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2021-09-30","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Revista de Cultura Teológica","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.23925/RCT.I99.54785","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
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Abstract
No Salmo 72, o salmista roga a Deus em favor da futura dinastia. Ele suplica por um monarca que saiba seguir os padrões divinos de justiça e retidão. Para isso, ele invoca a bênção divina sobre a dinastia davídica. Para ser um instrumento da realeza de Deus na terra, o monarca precisa viver e agir de acordo com a vontade divina (Sl 72,1). A manutenção da paz e da prosperidade reside na sabedoria do rei, em preservar a bênção por muitas gerações, realizando um governo de justiça e julgamento. A prosperidade do rei ungido será comparada à chuva sobre a campina, numa imagem vivificante, que remete a um novo renascimento para o povo de Deus (Sl 72,5-6). O governante exercerá grande domínio sobre as nações, que se submeterão a ele e o bendirão para sempre. Haverá um longo período de paz e estabilidade, com um governo justo e próspero (Sl 72,9-11). O Sl 72 centraliza qualidades e atitudes necessárias para o governo de um grande rei. Ele viverá para defender os oprimidos (vv.12-13). Será um governo de paz e segurança aos vulneráveis e justiça aos injustiçados (vv.16-17). O salmista utiliza da expressão metafórica יִֽירָא֥וּךָ עִם־שָׁ֑מֶשׁ וְלִפְנֵ֥י יָ֜רֵ֗חַ (“Eles te temerão sob o sol e diante da lua”) para retratar a duração do governo do rei, um reino que subsistirá ao tempo, semelhante ao sol e à lua (vv.5; 7;17). A mensagem do Sl 72 vai além dos descendentes de Jessé, ao fazer referência ao reino universal e eterno de um soberano perpétuo.