{"title":"PROCESSOS DE FUSÕES E AQUISIÇÕES DE EMPRSAS BRASILEIRAS NA PANDEMIA DA COVID-19","authors":"Gabriel Mendes Costa, Juliano Lima Pinheiro","doi":"10.31864/2447-2921.2023.5299","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"O objetivo desse estudo consiste em identificar como a pandemia sanitária da COVID-19 afeta os processos de F&A’s empreendidos por empresas brasileiras adquirentes de capital aberto, listados na B3 no período do segundo trimestre de 2018 ao primeiro trimestre de 2022. Além disso, fez-se uma análise dos principais indicadores econômico-financeiros determinantes da criação de valor nos processos F&A’s. Foram analisados dados contábeis de 70 empresas que sofreram F&A, utilizando o modelo logit binário. Como variável dependente empregou-se a ocorrência ou não de F&A e como variável de investigação utilizou-se uma dummy para o período da COVID-19. Foram incluídas no modelo as variáveis de controle: retorno sobre o patrimônio líquido (ROE), o retorno sobre o ativo (ROA), margem bruta (MB), giro do ativo (GA), capital de terceiros (CT), composição do endividamento (CE), liquidez geral (LG) e tamanho da firma (TA). Apenas a dummy COVID-19 está associada positivamente a F&A. Sendo assim, a COVID-19 pode gerar chance de F&A, pois quando esteve em ocorrência, maior foi a chance de as empresas adquirirem e fazerem operações que gerem maiores benefícios e criem sinergias e aumento da rentabilidade. O artigo contribuiu para o preenchimento do arcabouço teórico sobre o tema, propondo uma abordagem diferente das demais para se entender essa estratégia empresarial, onde como a consequências são incertas, é importante anteceder com um planejamento adequado por parte da estratégia da empresa, servindo como fonte de informações sobre o retorno financeiro, deixando uma visibilidade do retorno imediato, destacando-se que nem sempre o desempenho é superior após a realização da atividade de F&A. As dificuldades encontradas na pesquisa foi a limitação do estudo em apenas operações de curto prazo (trimestral de 2018 a 2022), deste modo eventos de F&A que poderiam ter causado uma mudança nas empresas em longo prazo, não foram captadas e com isso neste estudo não se pode concluir que sinergias operacionais, rentabilidade, eficiência operacional, capital terceiro, composição do endividamento, liquidez e tamanho da empresa criam aumento ou diminuição da probabilidade de F&A nas empresas de capital aberto.","PeriodicalId":104032,"journal":{"name":"Revista Conhecimento Contábil","volume":"81 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2023-08-31","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Revista Conhecimento Contábil","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.31864/2447-2921.2023.5299","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
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Abstract
O objetivo desse estudo consiste em identificar como a pandemia sanitária da COVID-19 afeta os processos de F&A’s empreendidos por empresas brasileiras adquirentes de capital aberto, listados na B3 no período do segundo trimestre de 2018 ao primeiro trimestre de 2022. Além disso, fez-se uma análise dos principais indicadores econômico-financeiros determinantes da criação de valor nos processos F&A’s. Foram analisados dados contábeis de 70 empresas que sofreram F&A, utilizando o modelo logit binário. Como variável dependente empregou-se a ocorrência ou não de F&A e como variável de investigação utilizou-se uma dummy para o período da COVID-19. Foram incluídas no modelo as variáveis de controle: retorno sobre o patrimônio líquido (ROE), o retorno sobre o ativo (ROA), margem bruta (MB), giro do ativo (GA), capital de terceiros (CT), composição do endividamento (CE), liquidez geral (LG) e tamanho da firma (TA). Apenas a dummy COVID-19 está associada positivamente a F&A. Sendo assim, a COVID-19 pode gerar chance de F&A, pois quando esteve em ocorrência, maior foi a chance de as empresas adquirirem e fazerem operações que gerem maiores benefícios e criem sinergias e aumento da rentabilidade. O artigo contribuiu para o preenchimento do arcabouço teórico sobre o tema, propondo uma abordagem diferente das demais para se entender essa estratégia empresarial, onde como a consequências são incertas, é importante anteceder com um planejamento adequado por parte da estratégia da empresa, servindo como fonte de informações sobre o retorno financeiro, deixando uma visibilidade do retorno imediato, destacando-se que nem sempre o desempenho é superior após a realização da atividade de F&A. As dificuldades encontradas na pesquisa foi a limitação do estudo em apenas operações de curto prazo (trimestral de 2018 a 2022), deste modo eventos de F&A que poderiam ter causado uma mudança nas empresas em longo prazo, não foram captadas e com isso neste estudo não se pode concluir que sinergias operacionais, rentabilidade, eficiência operacional, capital terceiro, composição do endividamento, liquidez e tamanho da empresa criam aumento ou diminuição da probabilidade de F&A nas empresas de capital aberto.