{"title":"FARMACOTERAPIA DA LEISHMANIOSE: UMA REVISÃO DE LITERATURA","authors":"Robert da Silva Tibúrcio","doi":"10.51161/conbrapah/54","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Introdução: As leishmanioses são doenças tropicais negligenciadas que tem por agente etiológico o protozoário do gênero Leishmania onde mais de 20 espécies são responsáveis por infectar humanos. A principal forma de transmissão ocorre através da inoculação de parasitas durante o repasto sanguíneo de mosquitos fêmeas infectadas. A leishmaniose se manifesta clinicamente sob duas formas: a leishmaniose visceral (LV) e a leishmaniose tegumentar americana (LTA). O tratamento farmacológico convencionalmente utilizado se apresenta por vezes obsoleto pela resistência emergente e pela sua toxicidade. Outro grande desafio encontrado para o enfretamento da leishmaniose é com relação a farmacoeconomia das drogas utilizadas, algumas possuem um valor muito alto de aquisição pelo Ministério da Saúde (MS) o que leva a constantes desabastecimentos. Objetivo: Nesse contexto, esse trabalho vislumbra fazer um levantamento bibliográfico da atual Farmacoterapia das leishmanioses no Brasil observando os protocolos e estudos de casos disponíveis nas plataformas oficiais do MS e científicas. Metodologia: Todos os artigos e protocolos foram consultados através das plataformas oficiais do MS e científicas como Scielo, Pubmed, Scorpus utilizando como critério de inclusão apenas os trabalhos publicados nos últimos 5 anos. Resultado: Os tratamentos disponíveis na clínica são os antimoniais pentavalentes, anfotericina B (forma desoxicolato e lipossomal), miltefosina e mais recentemente dois fármacos - paromicina, pentamidina foram reposicionados para terapêutica da Leishmaniose. Nos dias atuais, o antimoniato de meglumina disponibilizado gratuitamente pelo MS representa o fármaco de primeira escolha para tratamento da leishmaniose, enquanto a Anfotericina B representa o fármaco de segunda escolha ou primeira escolha quando os antimoniais são contraindicados. A anfotericina B lipossomal se mostrou eficaz e com uma menor toxicidade associada, entretanto apresenta um alto custo que dificulta sua aquisição. A primeira droga por via oral - Miltefosina - foi introduzida para tratamento da LTA. Conclusão: Pode-se observar nas últimas décadas uma crescente preocupação e esforços pela comunidade científica para otimizar a terapêutica da leishmaniose. Com objetivo de melhoria do desconforto do paciente, menor custo total do tratamento, maior aderência da terapia, maior eficácia do fármaco, aliou-se a tecnologia a serviço do planejamento, desenvolvimento e inovação de novos fármacos e formulações voltadas para a leishmaniose.","PeriodicalId":209824,"journal":{"name":"Anais do II Congresso Brasileiro de Parasitologia Humana On-line","volume":"41 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2022-06-21","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Anais do II Congresso Brasileiro de Parasitologia Humana On-line","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.51161/conbrapah/54","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
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Abstract
Introdução: As leishmanioses são doenças tropicais negligenciadas que tem por agente etiológico o protozoário do gênero Leishmania onde mais de 20 espécies são responsáveis por infectar humanos. A principal forma de transmissão ocorre através da inoculação de parasitas durante o repasto sanguíneo de mosquitos fêmeas infectadas. A leishmaniose se manifesta clinicamente sob duas formas: a leishmaniose visceral (LV) e a leishmaniose tegumentar americana (LTA). O tratamento farmacológico convencionalmente utilizado se apresenta por vezes obsoleto pela resistência emergente e pela sua toxicidade. Outro grande desafio encontrado para o enfretamento da leishmaniose é com relação a farmacoeconomia das drogas utilizadas, algumas possuem um valor muito alto de aquisição pelo Ministério da Saúde (MS) o que leva a constantes desabastecimentos. Objetivo: Nesse contexto, esse trabalho vislumbra fazer um levantamento bibliográfico da atual Farmacoterapia das leishmanioses no Brasil observando os protocolos e estudos de casos disponíveis nas plataformas oficiais do MS e científicas. Metodologia: Todos os artigos e protocolos foram consultados através das plataformas oficiais do MS e científicas como Scielo, Pubmed, Scorpus utilizando como critério de inclusão apenas os trabalhos publicados nos últimos 5 anos. Resultado: Os tratamentos disponíveis na clínica são os antimoniais pentavalentes, anfotericina B (forma desoxicolato e lipossomal), miltefosina e mais recentemente dois fármacos - paromicina, pentamidina foram reposicionados para terapêutica da Leishmaniose. Nos dias atuais, o antimoniato de meglumina disponibilizado gratuitamente pelo MS representa o fármaco de primeira escolha para tratamento da leishmaniose, enquanto a Anfotericina B representa o fármaco de segunda escolha ou primeira escolha quando os antimoniais são contraindicados. A anfotericina B lipossomal se mostrou eficaz e com uma menor toxicidade associada, entretanto apresenta um alto custo que dificulta sua aquisição. A primeira droga por via oral - Miltefosina - foi introduzida para tratamento da LTA. Conclusão: Pode-se observar nas últimas décadas uma crescente preocupação e esforços pela comunidade científica para otimizar a terapêutica da leishmaniose. Com objetivo de melhoria do desconforto do paciente, menor custo total do tratamento, maior aderência da terapia, maior eficácia do fármaco, aliou-se a tecnologia a serviço do planejamento, desenvolvimento e inovação de novos fármacos e formulações voltadas para a leishmaniose.