{"title":"Agregação de fatores de risco cardiovascular como preditor para desfecho negativo em indivíduos acometidos por Covid-19","authors":"Giulia Carolina de Almada Souza Santana, Mylena Saldanha Vargas, Lívia Brito Oliveira, Andreia Santos Mendes, Gleide Glícia Gama Lordello, Glicia Gleide Gonçalves Gama","doi":"10.17267/2317-3378rec.2023.e4775","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"OBJETIVO: Verificar se a agregação de fatores de risco cardiovascular (FRCV) é preditora para desfechos negativos em indivíduos acometidos por COVID-19. MÉTODOS: Estudo epidemiológico com dados secundários sobre COVID-19 em Salvador/Bahia, de março a dezembro de 2020. Houve 10.077 registros obtidos através do banco de dados disponibilizado pelo Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde do município de Salvador. RESULTADOS: A média de idade dos indivíduos foi 60,40 anos (dp ± 19,30), a maioria sexo masculino (53,88%), raça/cor parda (71,83%) e cursou ensino médio (43,53%). Diabetes mellitus estava presente em 48,83% das pessoas, cardiopatia crônica em 60,58%, e IMC médio de 34,79 (dp ± 8,48). A maioria das internações (52,79%) evoluiu para admissão em UTI, após 1,20 dias (dp ± 4,03). A média de permanência na UTI foi 8,76 dias (dp ± 11,17). A maioria desses indivíduos evoluiu para a cura (61,88%), porém 37,97% foram à óbito. Na associação dos desfechos 54,83% (p<0,01) das pessoas com cardiopatias e 54,71% (p<0,01) com diabetes ficaram curadas da COVID-19. Dentre os indivíduos que não foram para UTI 85,43% (p<0,01) ficaram curados e 55,90% (p<0,01) dos que foram evoluíram à óbito. Análise descritiva do acúmulo de FRCV não apontou diferenças no desfecho quando se tem um ou mais fatores associados CONCLUSÃO: A presença de um ou mais FRCV não foi preditor para desfecho grave nos indivíduos com COVID-19 no município de Salvador em 2020.","PeriodicalId":283976,"journal":{"name":"Revista Enfermagem Contemporânea","volume":"66 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2023-03-30","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Revista Enfermagem Contemporânea","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.17267/2317-3378rec.2023.e4775","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
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Abstract
OBJETIVO: Verificar se a agregação de fatores de risco cardiovascular (FRCV) é preditora para desfechos negativos em indivíduos acometidos por COVID-19. MÉTODOS: Estudo epidemiológico com dados secundários sobre COVID-19 em Salvador/Bahia, de março a dezembro de 2020. Houve 10.077 registros obtidos através do banco de dados disponibilizado pelo Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde do município de Salvador. RESULTADOS: A média de idade dos indivíduos foi 60,40 anos (dp ± 19,30), a maioria sexo masculino (53,88%), raça/cor parda (71,83%) e cursou ensino médio (43,53%). Diabetes mellitus estava presente em 48,83% das pessoas, cardiopatia crônica em 60,58%, e IMC médio de 34,79 (dp ± 8,48). A maioria das internações (52,79%) evoluiu para admissão em UTI, após 1,20 dias (dp ± 4,03). A média de permanência na UTI foi 8,76 dias (dp ± 11,17). A maioria desses indivíduos evoluiu para a cura (61,88%), porém 37,97% foram à óbito. Na associação dos desfechos 54,83% (p<0,01) das pessoas com cardiopatias e 54,71% (p<0,01) com diabetes ficaram curadas da COVID-19. Dentre os indivíduos que não foram para UTI 85,43% (p<0,01) ficaram curados e 55,90% (p<0,01) dos que foram evoluíram à óbito. Análise descritiva do acúmulo de FRCV não apontou diferenças no desfecho quando se tem um ou mais fatores associados CONCLUSÃO: A presença de um ou mais FRCV não foi preditor para desfecho grave nos indivíduos com COVID-19 no município de Salvador em 2020.