Carla Giovana Lino DE Faria, F. Ferreira, A. S. Oliveira
{"title":"CARACTERIZAÇÃO DA FAUNA SILVESTRE FRUTO DO COMÉRCIO ILEGAL RECEBIDA PELA DIVISÃO DE FAUNA SILVESTRE DA CIDADE DE SÃO PAULO","authors":"Carla Giovana Lino DE Faria, F. Ferreira, A. S. Oliveira","doi":"10.54265/tvar7188","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"RESUMO O Brasil é um dos países com maior riqueza de espécies no mundo, porém estas sofrem pressões constantes como a perda de habitat e a captura e comércio ilegal. Por este motivo instituições de recebimento e destinação de fauna são importantes peças no cenário de proteção a biodiversidade nativa. O presente estudo tem por objetivo compor estes esforços ao identificar o perfil de animais recebidos pelo Centro de Manejo e Conservação de Animais Silvestres (CeMaCAS), trabalhando com os dados de recebimentos e destinações entre os anos de 2018 a 2021. Nos quatro anos analisados foram identificados 30.977 animais, sendo 63,3% aves (19.620), 30,6% mamíferos (9.466) e 5,5% répteis (1.698), destes, 6.295 foram vítimas do comércio ilegal, sendo os dois grupos mais representativos as aves com 91,6% (5.767) e os répteis com 7,32% (461). As apreensões representaram em média 20% dos recebimentos anuais. São Paulo aparenta ser o polo de concentração das apreensões, seguido de municípios próximos, como Osasco e São Bernardo do Campo, e regiões de Santos, Sorocaba, Jundiaí, Ribeirão Preto e Campinas, trechos cruzados pelas rodovias SP330 e BR116. Foram identificadas 6.501 destinações, entre elas 3.803 (58,5%) solturas e 1.218 (18,74%) óbitos. A maioria dos animais permaneceu na instituição por um período de dois a três meses, média de 81 dias e 75% dos animais foram destinados em até 92 dias. Tais informações podem ser importantes auxiliares em processos futuros de formulação de protocolos de manejo e biosseguridade destes animais.","PeriodicalId":253284,"journal":{"name":"Anais do IV Wildlife Clinic Congress - IV WCC","volume":"26 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2023-06-29","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Anais do IV Wildlife Clinic Congress - IV WCC","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.54265/tvar7188","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
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Abstract
RESUMO O Brasil é um dos países com maior riqueza de espécies no mundo, porém estas sofrem pressões constantes como a perda de habitat e a captura e comércio ilegal. Por este motivo instituições de recebimento e destinação de fauna são importantes peças no cenário de proteção a biodiversidade nativa. O presente estudo tem por objetivo compor estes esforços ao identificar o perfil de animais recebidos pelo Centro de Manejo e Conservação de Animais Silvestres (CeMaCAS), trabalhando com os dados de recebimentos e destinações entre os anos de 2018 a 2021. Nos quatro anos analisados foram identificados 30.977 animais, sendo 63,3% aves (19.620), 30,6% mamíferos (9.466) e 5,5% répteis (1.698), destes, 6.295 foram vítimas do comércio ilegal, sendo os dois grupos mais representativos as aves com 91,6% (5.767) e os répteis com 7,32% (461). As apreensões representaram em média 20% dos recebimentos anuais. São Paulo aparenta ser o polo de concentração das apreensões, seguido de municípios próximos, como Osasco e São Bernardo do Campo, e regiões de Santos, Sorocaba, Jundiaí, Ribeirão Preto e Campinas, trechos cruzados pelas rodovias SP330 e BR116. Foram identificadas 6.501 destinações, entre elas 3.803 (58,5%) solturas e 1.218 (18,74%) óbitos. A maioria dos animais permaneceu na instituição por um período de dois a três meses, média de 81 dias e 75% dos animais foram destinados em até 92 dias. Tais informações podem ser importantes auxiliares em processos futuros de formulação de protocolos de manejo e biosseguridade destes animais.