{"title":"SUPEREXPLORAÇÃO E RESISTÊNCIA DOS TRABALHADORES(AS) TERCEIRIZADOS NA AGROINDÚSTRIA “4.0” DE EUCALIPTO, CELULOSE E PAPEL EM TRÊS LAGOAS (MS)","authors":"André Amorim Oliveira","doi":"10.33026/peg.v23i1.9150","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"O uso de trabalho terceirizado é uma estratégia do capital que, no Brasil, tem se adensado entre os mais diversos setores econômicos ditos modernos, isso devido às vantagens e os retornos financeiros que esse tipo de atividade proporciona aos capitalistas, notadamente pelo seu custo mais baixo e pelas demais características próprias do trabalho terceirizado, sinônimo de precarização. No setor do agronegócio essa modalidade de trabalho também vem ganhando terreno, como é o caso da silvicultura em Três Lagoas (MS). Mais do que uma atividade precária, segundo nossa hipótese, a força de trabalho terceirizada é superexplorada, visto que, é um dos meios que, junto com o aparato científico e tecnológico que a empresa investe pesadamente, garante a reprodução do capital em Três Lagoas. Contudo, para os terceirizados, isso significa enfrentar os “mecanismos” típicos de economia dependente. Desse modo,procuramos demonstrar que as atividades terceirizadas no setor de celulose e papel corroboram, em certa medida, os apontamentos da Teoria Marxista da Dependência. Para tanto, recorremos à identificação de certos aspectos relacionados não só ao quantitativo de terceirizados, mas às suas condições de trabalho, bem como as formas de resistência e luta destes no bojo do capitalismo dependente representado pela expansão do agronegócio de silvicultura.","PeriodicalId":420888,"journal":{"name":"PEGADA - A Revista da Geografia do Trabalho","volume":"37 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2022-10-07","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"PEGADA - A Revista da Geografia do Trabalho","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.33026/peg.v23i1.9150","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
引用次数: 0
Abstract
O uso de trabalho terceirizado é uma estratégia do capital que, no Brasil, tem se adensado entre os mais diversos setores econômicos ditos modernos, isso devido às vantagens e os retornos financeiros que esse tipo de atividade proporciona aos capitalistas, notadamente pelo seu custo mais baixo e pelas demais características próprias do trabalho terceirizado, sinônimo de precarização. No setor do agronegócio essa modalidade de trabalho também vem ganhando terreno, como é o caso da silvicultura em Três Lagoas (MS). Mais do que uma atividade precária, segundo nossa hipótese, a força de trabalho terceirizada é superexplorada, visto que, é um dos meios que, junto com o aparato científico e tecnológico que a empresa investe pesadamente, garante a reprodução do capital em Três Lagoas. Contudo, para os terceirizados, isso significa enfrentar os “mecanismos” típicos de economia dependente. Desse modo,procuramos demonstrar que as atividades terceirizadas no setor de celulose e papel corroboram, em certa medida, os apontamentos da Teoria Marxista da Dependência. Para tanto, recorremos à identificação de certos aspectos relacionados não só ao quantitativo de terceirizados, mas às suas condições de trabalho, bem como as formas de resistência e luta destes no bojo do capitalismo dependente representado pela expansão do agronegócio de silvicultura.