{"title":"Tios, perus e tucano: notas sobre um perspectivismo rosiano","authors":"Rafael Pansica","doi":"10.51359/2175-294x.2023.257781","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Este artigo propõe uma leitura comparativa entre dois contos de Guimarães Rosa publicados em Primeiras Estórias (1962), “As margens da alegria” e “Os cimos”. O espelhamento dessas estórias nos permitirá apontar o posicionamento político-artístico do autor que será caracterizado, aqui, como um posicionamento perspectivista. O tratamento literário da colonização do sertão brasileiro nesses contos não faz apenas a denúncia crítica da destruição do ecossistema do cerrado, mas apontará também para o ataque contra um regime social perspectivista constituído pela mútua implicação afetiva dos seres que povoam o que costumamos separar como “natureza” e “sociedade”.","PeriodicalId":134372,"journal":{"name":"Revista Investigações","volume":"4 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2023-07-18","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Revista Investigações","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.51359/2175-294x.2023.257781","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
引用次数: 0
Abstract
Este artigo propõe uma leitura comparativa entre dois contos de Guimarães Rosa publicados em Primeiras Estórias (1962), “As margens da alegria” e “Os cimos”. O espelhamento dessas estórias nos permitirá apontar o posicionamento político-artístico do autor que será caracterizado, aqui, como um posicionamento perspectivista. O tratamento literário da colonização do sertão brasileiro nesses contos não faz apenas a denúncia crítica da destruição do ecossistema do cerrado, mas apontará também para o ataque contra um regime social perspectivista constituído pela mútua implicação afetiva dos seres que povoam o que costumamos separar como “natureza” e “sociedade”.