Liara Silva Medeiros, Mônica Cox de Britto Pereira
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Abstract
Com o advento do agronegócio a partir da década de 60 do século passado e suas transformações e expansão cada vez mais crescente, nos vemos inseridos em uma sociedade que vive em um constante risco ambiental e de saúde. A mecanização do campo, a utilização de toneladas de agrotóxicos nas plantações, a modificação dos genes das sementes se torna cada vez mais presente no nosso cotidiano, seja nas chamadas zonas rural ou urbana. A agricultura camponesa, praticada há milênios, perde seus territórios e luta diariamente para resistir à imposição que tanto o Estado quanto as empresas financiam. No Estado de Pernambuco o agronegócio está presente em todas as 05 mesorregiões existentes, de forma marcante na cana-de-açúcar e no polo da fruticultura irrigada. Tendo a teoria da Sociedade de Risco por Ulrich Beck em 1986 como base para o conceito de risco na sociedade moderna, o presente trabalho tem por objetivos debater os modelos de produção vigentes no Brasil e no Estado de Pernambuco, elencando os riscos causados pelo agronegócio, bem como por outro lado as experiências agroecológicas encontradas no âmbito estadual. Utilizou-se o método quali-quantitativo, buscando responder as questões levantadas através do levantamento e análise de dados e de estudos bibliográficos. Dessa forma, pôde-se concluir que há uma diversidade de lutas do campesinato, que são entendidas como forma de resistências e enfrentamento ao modelo convencional de desenvolvimento em vigência no Brasil e no Estado de Pernambuco.