{"title":"Reflexões sobre a geografia do afeto: a excepcionalidade identitária em meio às distorções do espaço-tempo","authors":"Leonardo Luiz Silveira da Silva, A. Costa","doi":"10.11606/eissn.2236-2878.rdg.2022.190818","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"O debate acerca das teorias não-representacionais, que desde o final dos anos 1990 é muito presente na geografia anglófona, é incipiente na geografia brasileira. Resgatou consigo a discussão sobre o espaço relativo, alicerçando seu arcabouço no conceito de afeto, que é, por sua vez, diretamente ligado às associações heterogêneas entre atores humanos e actantes não-humanos dispostos em redes. Os deslocamentos dos atores pelo espaço auxiliam a dinamizar as múltiplas percepções do espaço, ao submeter o ente que desloca à experiência do movimento. As distorções espaciais provocadas pelas relações em redes são capazes de alongar ou dobrar o espaço, além de comprimir ou dilatar o tempo. Partindo do pressuposto de que o ser é indissociável ao espaço percebido, o artigo em questão, essencialmente epistemológico, defende a premissa de que as distorções relativas do espaço são distorções da própria identidade. Este processo rejeita uma relação clara de causa e consequência entre espaço e identidade, apontando para um processo dialético e retroalimentado, que ressoa o afeto das associações heterogêneas, bem como contribui para o afeto de outrem. ","PeriodicalId":286398,"journal":{"name":"Geography Department University of Sao Paulo","volume":"7 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2022-11-23","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Geography Department University of Sao Paulo","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.11606/eissn.2236-2878.rdg.2022.190818","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
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Abstract
O debate acerca das teorias não-representacionais, que desde o final dos anos 1990 é muito presente na geografia anglófona, é incipiente na geografia brasileira. Resgatou consigo a discussão sobre o espaço relativo, alicerçando seu arcabouço no conceito de afeto, que é, por sua vez, diretamente ligado às associações heterogêneas entre atores humanos e actantes não-humanos dispostos em redes. Os deslocamentos dos atores pelo espaço auxiliam a dinamizar as múltiplas percepções do espaço, ao submeter o ente que desloca à experiência do movimento. As distorções espaciais provocadas pelas relações em redes são capazes de alongar ou dobrar o espaço, além de comprimir ou dilatar o tempo. Partindo do pressuposto de que o ser é indissociável ao espaço percebido, o artigo em questão, essencialmente epistemológico, defende a premissa de que as distorções relativas do espaço são distorções da própria identidade. Este processo rejeita uma relação clara de causa e consequência entre espaço e identidade, apontando para um processo dialético e retroalimentado, que ressoa o afeto das associações heterogêneas, bem como contribui para o afeto de outrem.