AVALIAÇÃO DA RESISTÊNCIA AO TRATAMENTO DA ANEMIA COM ERITROPOETINA RECOMBINANTE HUMANA EM PACIENTES COM DOENÇA RENAL CRÔNICA

Thiago José Monteiro Borges da Silva Valente, Waldemar de Brito Cavalcanti Neto, Luciana Ramos Teixeira
{"title":"AVALIAÇÃO DA RESISTÊNCIA AO TRATAMENTO DA ANEMIA COM ERITROPOETINA RECOMBINANTE HUMANA EM PACIENTES COM DOENÇA RENAL CRÔNICA","authors":"Thiago José Monteiro Borges da Silva Valente, Waldemar de Brito Cavalcanti Neto, Luciana Ramos Teixeira","doi":"10.51161/hematoclil/164","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Introdução: A anemia é uma complicação prevalente e grave da doença renal crônica, pela deficiência da eritropoetina produzida pelos rins, ocasionando aumento da mortalidade associada a progressão da falência renal. O tratamento da anemia é a terapia com eritropoetina recombinante, elevando o nível de hemoglobina para 11,5 g/dL. No entanto, alguns pacientes, mesmo com essa terapia, não respondem ao tratamento e permanecem anêmicos. Objetivo: Avaliar a resistência ao uso da eritropoetina recombinante humana no tratamento da anemia para manutenção de níveis de hemoglobina em pacientes renais crônicos. Material e Métodos: Foi realizada uma revisão de literatura nos bancos de dados Pubmed (Medline) sem restrição de idioma com os seguintes descritores: “anemia”, “doença renal crônica”, “eritropoetina recombinante”. Encontrou-se 18 artigos que foram selecionados para estudos observacionais. Resultados: De acordo com estudos multicêntricos brasileiros, elaborados em ambulatórios, a prevalência de anemia, considerada como concentração de hemoglobina menor que 11g/dL, foi de 39%, no estágio avançado de doença renal crônica. A avaliação da causa da anemia deve preceder o início da terapêutica com eritropoetina para reversão da anemia normocítica e normocrômica. O efeito biológico da eritropoetina em células hematopoiéticas é mediado pela ligação da mesma aos seus receptores específicos na superfície das células progenitoras eritropoiéticas, inibindo a apoptose, levando a proliferação e diferenciação dessas células. Todavia, foi observado que alguns pacientes não respondem a eritropoetina e os estudos apontam a liberação de citocinas inflamatórias, em decorrência a doença renal crônica, como a principal causa da resistência a eritropoetina. Na doença renal crônica a interleucina-6 (IL-6) e o fator de necrose tumoral-alfa (TNF-α) tem sido identificadas no plasma desses pacientes. As citocinas atuam nas células progenitoras de maneira oposta à eritropoetina, estimulando a apoptose, inibindo a proliferação de células progenitoras reduzindo a expressão de receptores de eritropoetina. O efeito dessas citocinas explica a resistência ao tratamento da anemia com eritropoetina nesses pacientes necessitando altas dosagem de eritropoetina, levando alterações cardiovasculares. Conclusão: No contexto atual, ainda não há um estudo que relacione a dosagem de citocinas e a terapêutica para pacientes renais crônicos resistentes ao tratamento da anemia com eritropoetina recombinante humana.","PeriodicalId":212401,"journal":{"name":"Anais do II Congresso Brasileiro de Hematologia Clínico-laboratorial On-line","volume":null,"pages":null},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2022-07-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Anais do II Congresso Brasileiro de Hematologia Clínico-laboratorial On-line","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.51161/hematoclil/164","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
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Abstract

Introdução: A anemia é uma complicação prevalente e grave da doença renal crônica, pela deficiência da eritropoetina produzida pelos rins, ocasionando aumento da mortalidade associada a progressão da falência renal. O tratamento da anemia é a terapia com eritropoetina recombinante, elevando o nível de hemoglobina para 11,5 g/dL. No entanto, alguns pacientes, mesmo com essa terapia, não respondem ao tratamento e permanecem anêmicos. Objetivo: Avaliar a resistência ao uso da eritropoetina recombinante humana no tratamento da anemia para manutenção de níveis de hemoglobina em pacientes renais crônicos. Material e Métodos: Foi realizada uma revisão de literatura nos bancos de dados Pubmed (Medline) sem restrição de idioma com os seguintes descritores: “anemia”, “doença renal crônica”, “eritropoetina recombinante”. Encontrou-se 18 artigos que foram selecionados para estudos observacionais. Resultados: De acordo com estudos multicêntricos brasileiros, elaborados em ambulatórios, a prevalência de anemia, considerada como concentração de hemoglobina menor que 11g/dL, foi de 39%, no estágio avançado de doença renal crônica. A avaliação da causa da anemia deve preceder o início da terapêutica com eritropoetina para reversão da anemia normocítica e normocrômica. O efeito biológico da eritropoetina em células hematopoiéticas é mediado pela ligação da mesma aos seus receptores específicos na superfície das células progenitoras eritropoiéticas, inibindo a apoptose, levando a proliferação e diferenciação dessas células. Todavia, foi observado que alguns pacientes não respondem a eritropoetina e os estudos apontam a liberação de citocinas inflamatórias, em decorrência a doença renal crônica, como a principal causa da resistência a eritropoetina. Na doença renal crônica a interleucina-6 (IL-6) e o fator de necrose tumoral-alfa (TNF-α) tem sido identificadas no plasma desses pacientes. As citocinas atuam nas células progenitoras de maneira oposta à eritropoetina, estimulando a apoptose, inibindo a proliferação de células progenitoras reduzindo a expressão de receptores de eritropoetina. O efeito dessas citocinas explica a resistência ao tratamento da anemia com eritropoetina nesses pacientes necessitando altas dosagem de eritropoetina, levando alterações cardiovasculares. Conclusão: No contexto atual, ainda não há um estudo que relacione a dosagem de citocinas e a terapêutica para pacientes renais crônicos resistentes ao tratamento da anemia com eritropoetina recombinante humana.
慢性肾病患者重组人红细胞生成素治疗贫血耐药评价
简介:贫血是慢性肾脏疾病的一种普遍和严重的并发症,由肾脏产生的促红细胞生成素缺乏引起,导致与肾衰竭进展相关的死亡率增加。贫血的治疗是用重组促红细胞生成素治疗,使血红蛋白水平提高到11.5 g/dL。然而,一些患者,即使接受这种治疗,对治疗没有反应,仍然贫血。摘要目的:评价重组人促红细胞生成素治疗慢性肾病患者贫血维持血红蛋白水平的耐药性。材料和方法:在Pubmed (Medline)数据库中进行文献综述,不受语言限制,关键词为:“贫血”、“慢性肾脏疾病”、“重组促红细胞生成素”。我们发现18篇文章被选为观察性研究。结果:根据巴西门诊多中心研究,贫血(血红蛋白浓度低于11g/dL)在慢性肾脏疾病晚期的患病率为39%。在开始用促红细胞生成素治疗正常细胞性和正常色性贫血之前,应评估贫血的原因。促红细胞生成素在造血细胞中的生物学作用是由促红细胞生成素与促红细胞生成素祖细胞表面的特定受体结合介导的,抑制凋亡,导致这些细胞的增殖和分化。然而,观察到一些患者对促红细胞生成素没有反应,研究表明慢性肾脏疾病引起的炎症细胞因子的释放是促红细胞生成素耐药性的主要原因。在慢性肾病患者的血浆中发现了白细胞介素-6 (IL-6)和肿瘤坏死因子-α (TNF-α)。细胞因子在祖细胞中的作用与促红细胞生成素相反,通过减少促红细胞生成素受体的表达来刺激细胞凋亡,抑制祖细胞增殖。这些细胞因子的作用解释了这些需要高剂量促红细胞生成素治疗贫血的患者的耐药性,导致心血管改变。结论:在目前的背景下,目前还没有研究将细胞因子的剂量与重组人红细胞生成素治疗慢性肾病耐药患者的治疗联系起来。
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