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Abstract
A escolarização da literatura infantil, numa perspectiva tradicional de ensino, tende a situar-se no campo de práticas de leitura pautadas na mera decodificação de palavras e na extração de informações explícitas no texto Diante dessa situação-problema e compreendendo a escolarização da literatura infantil como processo de construção crítica e reflexiva dos sujeitos, desenvolvemos pesquisa-ação com crianças do 4º ano do Ensino Fundamental de uma escola pública brasileira. No movimento cíclico investigativo, tivemos como fio condutor a problematização: em que medida a literatura infantil é integrada no processo ensino-aprendizagem nos anos iniciais do Ensino Fundamental para potencializar a formação leitora?. Na busca pela constituição de possibilidades a partir da interlocução entre educação e literatura infantil, embasamo-nos na compreensão teórica sobre letramento e escolarização a partir da perspectiva de Magda Soares, sobre leitura interacionista com base nos preceitos de Isabel Solé e Paulo Freire e sobre ensino de literatura infantil à luz das concepções de Regina Zilberman e Rildo Cosson. Como resultados de pesquisa-ação, apresentamos um recorte das práticas de leitura e produção textual desenvolvidas, em sala de aula, com os gêneros poema e conto. Inferimos que, de alguma forma, as práticas fortaleceram a função humanizadora da literatura infantil, potencializando, às crianças, o reconhecimento de si, do seu lugar no mundo e do lugar do outro. Assim, concluímos que a literatura infantil, quando escolarizada numa perspectiva interacionista da linguagem, potencializa a formação de leitores críticos e reflexivos, cuja leitura da palavra amplia a compreensão e a produção de diferentes sentidos sobre o mundo.