{"title":"Métodos participativos para diagnóstico da soberania alimentar no assentamento rural PA São Francisco, Rondonópolis – MT","authors":"Hebert Teixeira Cândido, José Adolfo Iriam Sturza","doi":"10.25059/2527-2594/RETRATOSDEASSENTAMENTOS/2018.V21I2.319","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Embora a agricultura tenha iniciado com o intuito de alimentar e nutrir o ser humano, com o passar do tempo os alimentos se transformaram em mercadorias, onde suas funções principais foram esquecidas. Atualmente a produção agrícola atingiu níveis de produção nunca visto, contudo, cerca de 1 bilhão de pessoas ainda passam fome no mundo. Nesse sentido, a agricultura familiar desponta como o modelo de produção capaz de suprir as necessidades alimentares da população mundial e produzir de um modo mais harmônico quando comparada a agricultura industrial. Nos anos 90 surgiu o conceito de Soberania Alimentar, o qual além do acesso a um alimento de qualidade preza pela independência dos povos em sua produção, sendo necessários para isso a preservação e o acesso aos recursos. Neste contexto, este estudo buscou diagnosticar a situação quanto a soberania alimentar no Assentamento São Francisco a partir de ferramentas de Diagnóstico Rural Participativo. Para o diagnóstico utilizou-se categorias de indicadores que foram previamente selecionados para esse fim. O estudo foi realizado com alunos de EJA frequentadores de uma escola rural ao longo de 8 visitas ao assentamento durante o horário das aulas que foram cedidas pela professora responsável pela turma. As visitas ocorreram de março a agosto de 2017. A partir do estudo verificou-se que os moradores do assentamento possuem controle sobre sua produção (principalmente autoconsumo) e acesso a grande parte dos recursos necessários para as atividades, contudo, devido ao envelhecimento da população não se sabe se esse quadro será transmitido às gerações futuras.","PeriodicalId":228796,"journal":{"name":"Retratos de Assentamentos","volume":"32 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2018-12-29","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"1","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Retratos de Assentamentos","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.25059/2527-2594/RETRATOSDEASSENTAMENTOS/2018.V21I2.319","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
引用次数: 1
Abstract
Embora a agricultura tenha iniciado com o intuito de alimentar e nutrir o ser humano, com o passar do tempo os alimentos se transformaram em mercadorias, onde suas funções principais foram esquecidas. Atualmente a produção agrícola atingiu níveis de produção nunca visto, contudo, cerca de 1 bilhão de pessoas ainda passam fome no mundo. Nesse sentido, a agricultura familiar desponta como o modelo de produção capaz de suprir as necessidades alimentares da população mundial e produzir de um modo mais harmônico quando comparada a agricultura industrial. Nos anos 90 surgiu o conceito de Soberania Alimentar, o qual além do acesso a um alimento de qualidade preza pela independência dos povos em sua produção, sendo necessários para isso a preservação e o acesso aos recursos. Neste contexto, este estudo buscou diagnosticar a situação quanto a soberania alimentar no Assentamento São Francisco a partir de ferramentas de Diagnóstico Rural Participativo. Para o diagnóstico utilizou-se categorias de indicadores que foram previamente selecionados para esse fim. O estudo foi realizado com alunos de EJA frequentadores de uma escola rural ao longo de 8 visitas ao assentamento durante o horário das aulas que foram cedidas pela professora responsável pela turma. As visitas ocorreram de março a agosto de 2017. A partir do estudo verificou-se que os moradores do assentamento possuem controle sobre sua produção (principalmente autoconsumo) e acesso a grande parte dos recursos necessários para as atividades, contudo, devido ao envelhecimento da população não se sabe se esse quadro será transmitido às gerações futuras.