Lynna Gabriella Silva Unger, Lívia de Rezende Cardoso
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Abstract
Neste artigo, trazemos à cena uma sala de aula de biologia ocupada pela curiosidade e questionamentos a respeito da forma de reprodução das ostras. A partir de uma experiência etnográfica em uma escola em Aracaju-SE, expomos o excerto do diário de campo que detalha esse encontro-potência e os diálogos decorrentes, bem como algumas bases conceituais que contornam sentidos aos discursos acionados a partir das questões. Tomamos como referência os estudos pós-críticos, especificamente os estudos de gênero e os estudos culturais pós-estruturalistas, onde nos alinhamos ao pensamento analítico de Michel Foucault para visualizarmos os conjuntos de práticas pelas quais os sujeitos-corpos são submetidos aos mais variados agenciamentos. Nessas problematizações, debruçamo-nos sobre as relações de saber-poder que tem como marcadores sexualidade e gênero na história do corpo, articulando-as aos fragmentos de narrativas que perpassam o presente trabalho. Assim, tecemos reflexões a respeito dos engendramentos de corpos sexuados e generificados. Discorremos, ainda, sobre as heterotopias do desvio como lugares que a sociedade dispõe em suas margens.