Bruno Lopes Silva, T. Vital, Lorrane Marinho da Silva, Maria Gilca Pinto Xavier
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Abstract
O objetivo deste artigo é analisar através do modelo de opção pública como tem sido a gestão dos recursos destinados ao Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (PRONAF), verificando como os diferentes governos – desenvolvimentista e neoliberal - têm utilizado o PRONAF para favorecer seus grupos de interesse e se cumpriram com o objetivo do Programa. O estudo utilizou a combinação dos métodos, por intermédio de uma abordagem quantitativa e qualitativa. Quanto ao procedimento, buscou-se verificar a abrangência do Programa em público e território. Ainda, se houve incremento no aporte financeiro para o PRONAF nos dados da produção de alimentos oriunda da agricultura familiar de 1995 a 2020 e na distribuição dos recursos por região, mediante o levantamento de dados secundários nos órgãos do governo, revisão de estudos e artigos científicos realizados sobre o tema, visando compreender as opções que os governos do país vêm fazendo ao gerir o programa e, principalmente, para a produção agrícola familiar no Brasil. Foi possível observar que as opções feitas pelos governos, principalmente neoliberais, analisados dentro do período de funcionamento do PRONAF foram no sentido de beneficiar a produção de commodities agrícolas para exportação, bem como a concentração desta produção em estados das regiões sul e sudeste. A política pública inerente a este Programa não vem cumprindo seu papel de diversificar a produção, seja em cultura de cultivo ou mesmo em territorialidade.