{"title":"Hermenêutica e Foucault: a criação de modos de resistência e reexistência","authors":"Maria Cláudia Dal'Igna, José Pascoal Mantovani","doi":"10.15603/2175-7747/pf.v10n1p195-208","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Este trabalho, apresentado em forma de ensaio filosófico e pedagógico, propõe experimentar modos outros de escrever e interpretar os conceitos de Michel Foucault. Para desenvolver a analítica, parte-se de três conceitos basilares: saber (arqueologia), poder (genealogia) e subjetividade (arqueogenealogia). A tese que se instaura é que a interpretação se dá na articulação entre movimentos recíprocos de interioridade e exterioridade do sujeito –constituído pelos discursos, pelos jogos de poder e pelas tecnologias de si – que, para significar o mundo, dá nomes e, assim, sentido para a existência. Como resultado, o trabalho propõe pensar a hermenêutica foucaultiana como transgressora, não pelo seu caráter subversivo, mas pela possibilidade de funcionar como ferramenta teórica e metodológica. Interpretar é, nessa perspectiva, projetar o espaço-outro, o tempo-outro e a vida-outra, indagando o impacto da crise anti-intelectualista e negacionista.","PeriodicalId":102943,"journal":{"name":"Páginas de Filosofia","volume":"35 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2021-12-14","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Páginas de Filosofia","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.15603/2175-7747/pf.v10n1p195-208","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
引用次数: 0
Abstract
Este trabalho, apresentado em forma de ensaio filosófico e pedagógico, propõe experimentar modos outros de escrever e interpretar os conceitos de Michel Foucault. Para desenvolver a analítica, parte-se de três conceitos basilares: saber (arqueologia), poder (genealogia) e subjetividade (arqueogenealogia). A tese que se instaura é que a interpretação se dá na articulação entre movimentos recíprocos de interioridade e exterioridade do sujeito –constituído pelos discursos, pelos jogos de poder e pelas tecnologias de si – que, para significar o mundo, dá nomes e, assim, sentido para a existência. Como resultado, o trabalho propõe pensar a hermenêutica foucaultiana como transgressora, não pelo seu caráter subversivo, mas pela possibilidade de funcionar como ferramenta teórica e metodológica. Interpretar é, nessa perspectiva, projetar o espaço-outro, o tempo-outro e a vida-outra, indagando o impacto da crise anti-intelectualista e negacionista.