{"title":"Avaliação toxicológica de efluente de lavanderia hospitalar: toxicidade aguda e crônica com Daphnia magna","authors":"Cristiane Funghetto Fuzinatto","doi":"10.22280/revintervol11ed2.345","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"A poluição dos recursos hídricos está associada, sobretudo, por lançamentos diretos ou indiretos de despejos industriais e/ ou domésticos que não tem tratamento, ou o tem de forma insuficiente. Com isso, o corpo hídrico sofre alterações biológicas, químicas e físicas devido à elevada concentração de substâncias proveniente do despejo inadequado, contribuindo para agressão aos ecossistemas e a saúde humana. Dessa forma, o presente estudo teve como objetivos avaliar a toxicidade de amostras de efluente hospitalar através de testes de toxicidade aguda e crônica com o microcrustáceo de água doce Daphnia magna e teste de germinação com a semente de alface Lactuca sativa. Além da análise de toxicidade buscou-se a caracterização físico-química e biológica das amostras do efluente hospitalar avaliado. Constatou-se que o efluente hospitalar está sendo liberado para a rede pública com a temperatura, sólidos totais e o pH acima dos valores estabelecidos pela Resolução Conama 430/2011. As amostras analisadas do efluente hospitalar demonstraram que não houve contaminação biológica relevante. O teste agudo com a D. magna indicou potencial tóxico para as amostras. Para a D. magna, a CE50,48h encontrada ficou na faixa de 4,41% a 33,85% para as amostras testadas. O teste crônico com a D. magna apresentou diferenças significativas no parâmetro de longevidade dos organismos. Para o teste de toxicidade com a semente de alface L. sativa, verificou-se para todas as amostras que quanto maior a diluição da amostra do efluente, maior foi o crescimento da plântula. Atualmente o efluente hospitalar não passa por nenhum tratamento antes do despejo final, assim são necessárias adequações conforme os limites estabelecidos pelas legislações Conama 430/2011 e Consema-RS 128/2006 para os parâmetros temperatura, pH e sólidos totais. Os testes de toxicidade realizados com a D. magna e a semente de alface L. sativaapresentaram toxicidade também estando em desacordo com o que estabelece a legislação Consema-RS 128/2006. ","PeriodicalId":290377,"journal":{"name":"Revista Intertox de Toxicologia, Risco Ambiental e Sociedade","volume":"5 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2018-06-22","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"1","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Revista Intertox de Toxicologia, Risco Ambiental e Sociedade","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.22280/revintervol11ed2.345","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
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Abstract
A poluição dos recursos hídricos está associada, sobretudo, por lançamentos diretos ou indiretos de despejos industriais e/ ou domésticos que não tem tratamento, ou o tem de forma insuficiente. Com isso, o corpo hídrico sofre alterações biológicas, químicas e físicas devido à elevada concentração de substâncias proveniente do despejo inadequado, contribuindo para agressão aos ecossistemas e a saúde humana. Dessa forma, o presente estudo teve como objetivos avaliar a toxicidade de amostras de efluente hospitalar através de testes de toxicidade aguda e crônica com o microcrustáceo de água doce Daphnia magna e teste de germinação com a semente de alface Lactuca sativa. Além da análise de toxicidade buscou-se a caracterização físico-química e biológica das amostras do efluente hospitalar avaliado. Constatou-se que o efluente hospitalar está sendo liberado para a rede pública com a temperatura, sólidos totais e o pH acima dos valores estabelecidos pela Resolução Conama 430/2011. As amostras analisadas do efluente hospitalar demonstraram que não houve contaminação biológica relevante. O teste agudo com a D. magna indicou potencial tóxico para as amostras. Para a D. magna, a CE50,48h encontrada ficou na faixa de 4,41% a 33,85% para as amostras testadas. O teste crônico com a D. magna apresentou diferenças significativas no parâmetro de longevidade dos organismos. Para o teste de toxicidade com a semente de alface L. sativa, verificou-se para todas as amostras que quanto maior a diluição da amostra do efluente, maior foi o crescimento da plântula. Atualmente o efluente hospitalar não passa por nenhum tratamento antes do despejo final, assim são necessárias adequações conforme os limites estabelecidos pelas legislações Conama 430/2011 e Consema-RS 128/2006 para os parâmetros temperatura, pH e sólidos totais. Os testes de toxicidade realizados com a D. magna e a semente de alface L. sativaapresentaram toxicidade também estando em desacordo com o que estabelece a legislação Consema-RS 128/2006.