L. C. Lima, Veruska Medeiros Martins Bernardino, Érick Tássio Barbosa Neves, Júnia Maria Serra-Negra, Fernanda Morais Ferreira, Saul Martins de Paiva, Ana Flávia Granville-Garcia
{"title":"Associação entre o alfabetismo funcional e o reconhecimento da palavra bruxismo em adolescentes","authors":"L. C. Lima, Veruska Medeiros Martins Bernardino, Érick Tássio Barbosa Neves, Júnia Maria Serra-Negra, Fernanda Morais Ferreira, Saul Martins de Paiva, Ana Flávia Granville-Garcia","doi":"10.35699/2178-1990.2021.29679","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Objetivo: Avaliar a associação entre alfabetismo funcional e o reconhecimento da palavra “bruxismo” entre adolescentes.\nMétodos: Foi um estudo transversal realizado em uma cidade de porte médio no Brasil. A amostra consistiu em 375 escolares de 12 anos e 368 de 15 a 19 anos selecionados aleatoriamente. Dois examinadores calibrados (Kappa > 0,80) aplicaram o instrumento de alfabetismo em saúde bucal validado para adolescentes o Rapid Estimate of Adult Literacy in Dentistry – BREALD-30 e o reconhecimento da palavra “bruxismo” foi utilizado como variável dependente, além de um questionário sobre o alfabetismo funcional (Índice de Alfabetismo Funcional –INAF). Os pais/cuidadores responderam um questionário sociodemográfico. Foi realizada análise não-ajustada e regressão logística para amostras complexas (p < 0,05).\nResultados: No modelo final, os adolescentes de 12 anos que tiveram mais chances de não reconhecer a palavra “bruxismo” foram os de escola pública (OR = 2,83; 95% IC: 1,79-4,46; p = 0,001), sem plano de saúde (OR = 2,02; 95% IC: 1,21-3,37; p = 0,007) e com menor nível de alfabetismo funcional (OR = 2,66; 95% IC: 1,66-4,26; p < 0,001). Adolescentes de 15 a 19 anos que tiveram maior chance de não reconhecer a palavra “bruxismo” foram os com menor nível de alfabetismo funcional (OR = 3,29; 95% IC: 1,93-5,60; p < 0,001), que residiam com mais pessoas em casa (OR = 2,04; 95% IC: 1,02-4,11; p = 0,040), que tinham pais/responsáveis com baixo nível de escolaridade (OR = 1,97; 95% IC: 1,15-3,36; p = 0,013) e que nunca foram ao dentista (OR = 3,08;95% IC: 1,26-7,52; p = 0,03).\nConclusão: O reconhecimento do termo “bruxismo” entre os adolescentes de 12 anos foi influenciado pela presença de plano de saúde e por um maior nível de alfabetismo funcional. Na faixa etária maior, o maior nível de alfabetismo funcional, o menor número de pessoas em casa, a maior escolaridade do responsável e a ida ao dentista influenciaram no reconhecimento do termo.\n ","PeriodicalId":402338,"journal":{"name":"Arquivos em Odontologia","volume":"44 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2021-10-21","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Arquivos em Odontologia","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.35699/2178-1990.2021.29679","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
引用次数: 0
Abstract
Objetivo: Avaliar a associação entre alfabetismo funcional e o reconhecimento da palavra “bruxismo” entre adolescentes.
Métodos: Foi um estudo transversal realizado em uma cidade de porte médio no Brasil. A amostra consistiu em 375 escolares de 12 anos e 368 de 15 a 19 anos selecionados aleatoriamente. Dois examinadores calibrados (Kappa > 0,80) aplicaram o instrumento de alfabetismo em saúde bucal validado para adolescentes o Rapid Estimate of Adult Literacy in Dentistry – BREALD-30 e o reconhecimento da palavra “bruxismo” foi utilizado como variável dependente, além de um questionário sobre o alfabetismo funcional (Índice de Alfabetismo Funcional –INAF). Os pais/cuidadores responderam um questionário sociodemográfico. Foi realizada análise não-ajustada e regressão logística para amostras complexas (p < 0,05).
Resultados: No modelo final, os adolescentes de 12 anos que tiveram mais chances de não reconhecer a palavra “bruxismo” foram os de escola pública (OR = 2,83; 95% IC: 1,79-4,46; p = 0,001), sem plano de saúde (OR = 2,02; 95% IC: 1,21-3,37; p = 0,007) e com menor nível de alfabetismo funcional (OR = 2,66; 95% IC: 1,66-4,26; p < 0,001). Adolescentes de 15 a 19 anos que tiveram maior chance de não reconhecer a palavra “bruxismo” foram os com menor nível de alfabetismo funcional (OR = 3,29; 95% IC: 1,93-5,60; p < 0,001), que residiam com mais pessoas em casa (OR = 2,04; 95% IC: 1,02-4,11; p = 0,040), que tinham pais/responsáveis com baixo nível de escolaridade (OR = 1,97; 95% IC: 1,15-3,36; p = 0,013) e que nunca foram ao dentista (OR = 3,08;95% IC: 1,26-7,52; p = 0,03).
Conclusão: O reconhecimento do termo “bruxismo” entre os adolescentes de 12 anos foi influenciado pela presença de plano de saúde e por um maior nível de alfabetismo funcional. Na faixa etária maior, o maior nível de alfabetismo funcional, o menor número de pessoas em casa, a maior escolaridade do responsável e a ida ao dentista influenciaram no reconhecimento do termo.