Mateus Zanatta, Tiago Wickstrom Alves, André Luis Korzenowski
{"title":"INVESTIMENTO AMBIENTAL E DESEMPENHO ECONÔMICO: UMA ANÁLISE DA RELAÇÃO DE CAUSA E EFEITO","authors":"Mateus Zanatta, Tiago Wickstrom Alves, André Luis Korzenowski","doi":"10.4270/ruc2020315","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"A relação entre investimentos ambientais e retorno tem sido amplamente analisada pelos pesquisadores que abordam os investimentos como determinantes dos retornos, ou vice e versa, ou ainda é estimada nas duas direções em outros estudos. Contudo, esses procedimentos não definem quem é causa e quem é efeito. Assim, o objetivo desta pesquisa é determinar a relação de causa e efeito, no sentido de Granger, entre investimento ambiental e desempenho financeiro. Para isso, utilizou-se o teste de causalidade de Granger, aplicado em modelo de Painel com efeitos fixos para as empresas, com dados de 97 companhias que compõem a Brasil Bolsa Balcão (B3) e publicaram seus investimentos ambientais conforme o balanço social IBASE ou o Relatório de Sustentabilidade Global Reporting Initiative (GRI), para o período de 1996 a 2017. As variáveis que representaram o investimento ambiental foram o Indicador Ambiental do Balanço Social IBASE e o item EN30 e EN31 do GRI. Para o desempenho econômico foram utilizados o Retorno sobre o Patrimônio (ROE) e o Retorno sobre os Ativos (ROA). Os resultados obtidos permitiram definir a causalidade no sentido de Granger, com um nível de significância de 10%, de que o desempenho econômico determina os investimentos ambientais quando utilizado o ROA como medida de retorno, estabelecendo-se assim uma base para pesquisas futuras. Para o ROE, a relação de causa e efeito no sentido de Granger não foi definida, indicando a possibilidade de estudos futuros testarem a hipótese de que empresas com elevado ativo tenham, possivelmente, maiores impactos ambientais, o que poderia explicar o desempenho como determinante dos ativos ambientais.","PeriodicalId":437931,"journal":{"name":"Revista Universo Contábil","volume":"18 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2019-02-20","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Revista Universo Contábil","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.4270/ruc2020315","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
引用次数: 0
Abstract
A relação entre investimentos ambientais e retorno tem sido amplamente analisada pelos pesquisadores que abordam os investimentos como determinantes dos retornos, ou vice e versa, ou ainda é estimada nas duas direções em outros estudos. Contudo, esses procedimentos não definem quem é causa e quem é efeito. Assim, o objetivo desta pesquisa é determinar a relação de causa e efeito, no sentido de Granger, entre investimento ambiental e desempenho financeiro. Para isso, utilizou-se o teste de causalidade de Granger, aplicado em modelo de Painel com efeitos fixos para as empresas, com dados de 97 companhias que compõem a Brasil Bolsa Balcão (B3) e publicaram seus investimentos ambientais conforme o balanço social IBASE ou o Relatório de Sustentabilidade Global Reporting Initiative (GRI), para o período de 1996 a 2017. As variáveis que representaram o investimento ambiental foram o Indicador Ambiental do Balanço Social IBASE e o item EN30 e EN31 do GRI. Para o desempenho econômico foram utilizados o Retorno sobre o Patrimônio (ROE) e o Retorno sobre os Ativos (ROA). Os resultados obtidos permitiram definir a causalidade no sentido de Granger, com um nível de significância de 10%, de que o desempenho econômico determina os investimentos ambientais quando utilizado o ROA como medida de retorno, estabelecendo-se assim uma base para pesquisas futuras. Para o ROE, a relação de causa e efeito no sentido de Granger não foi definida, indicando a possibilidade de estudos futuros testarem a hipótese de que empresas com elevado ativo tenham, possivelmente, maiores impactos ambientais, o que poderia explicar o desempenho como determinante dos ativos ambientais.