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Abstract
A pesquisa apresenta de forma crítica a história da Saúde Mental no município de Guarulhos entre os anos de 1918 e 2016. Utilizamos uma abordagem metodológica qualitativa tendo como estratégias de coleta de dados entrevistas abertas e análise documental. Realizamos 27 entrevistas com 36 atores-chave, totalizando 39 horas de áudio. Encontramos importantes documentos sobre a história da Saúde e da Saúde Mental em Guarulhos em Arquivos Históricos do Estado de SP e do município, em arquivos de funcionários da saúde e na própria Secretaria Municipal de Saúde. Revelamos quatro modelos assistenciais que permearam as Políticas Públicas em Saúde Mental no período e concluímos que Guarulhos, assim como muitos municípios brasileiros avançou, retrocedeu e reconstruiu práticas de atendimento permeadas pelo estigma do louco perigoso e desumano retratado por Foucault. Porém, mesmo sem nunca ter superado a problemática das práticas de exclusão, implantou importantes serviços e equipamentos baseados em uma Política Pública de Saúde Mental humanizada e libertadora iniciada nos anos 1970 e 1980 no Brasil. Por ser uma das primeiras análises sistematizadas sobre o tema, mostraremos, a seguir, a importância da pesquisa e seus desdobramentos.