Clara Vanessa De Farias Nery, Jueline da Silva Santos, Bruna Beatriz De Sousa Teixeira, Ana Cláudia Rôla Santos, Thainara Machado Veras, Larissa Torquato de Carvalho, Fuad Ahmad Hazime
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Abstract
OBJETIVO: Estimar a prevalência de dor crônica em universitários e avaliar possíveis fatores associados.MÉTODOS: Estudo transversal descritivo e analítico. Estudantes de universidades públicas (n=2) e privadas (n=2) responderam a um questionário não estruturado para identificação de queixas de dores persistentes com características de cronicidade (³3 meses de duração) e clinicamente importantes (intensidade dor crônica ³4 – escala numérica de dor 0-10).RESULTADOS: Atenderam aos critérios de seleção 702 universitários, e foram incluídos no estudo. A média de idade foi de 22,2 anos (DP=5,2 anos) com predominância do sexo feminino (n=465) e oriundos de instituições públicas (n=547). A maioria dos estudantes relataram queixas de dores (n=571), sendo 64% (n=450) com características temporais de cronicidade e 87,1% (n=392) relataram intensidades clinicamente relevantes (6,3±1,7). Foram identificados altos índices de absenteísmo (40,8%) e presenteísmo (56,9%) em decorrência de dores crônicas, principalmente na coluna lombar. A intensidade da dor foi significativamente maior nos estudantes do sexo feminino em relação ao masculino (6,5±1,7 vs 5,9±1,5). Idade, período do curso, tempo de dor e estratégia de ensino-aprendizagem não apresentaram associações significativas.CONCLUSÕES: Estudantes universitários apresentam alta prevalência de dor crônica, mais frequente no sexo feminino e região lombar, com magnitudes clinicamente importantes. A população universitária apresenta alta taxa de absenteísmo e de presenteísmo relacionado às queixas de dor, porém sem associação da dor com a estratégia de ensino-aprendizagem.