Indicadores de sífilis: uma análise do sispacto, Programa de Qualificação das Ações de Vigilância em Saúde e atenção primária no município de Raposa (MA), 2017–2020
Lívia Cristina Sousa, José Adailton Rolland Diniz, P. Oliveira, Gláucia de Oliveira Costa, Antonia Yara Moreira Lima Silva, A. C. V. Meireles, Marconi Relnner Mesquita Viana
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Abstract
Introdução: A sífilis consiste em importante problema de saúde pública mesmo com fácil acesso de informações e baixo custo de tratamento. Objetivo: Analisar os indicadores de sífilis da Atenção Primária, Programa de Qualificação das Ações de Vigilância em Saúde e Sistema Nacional Informatizado para Registro da Pactuação Nacional de Indicadores e Metas (SISPACTO). Métodos: Estudo descritivo, retrospectivo, com abordagem quantitativa. Foram utilizados dados secundários registrados no banco de dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação, Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos e e-SUS no período de 2017 a 2020. Resultados: De 2017 a 2020, nasceram 1.587 crianças de mães residentes de Raposa. Dados do e-SUS apontam 749 testes rápidos de sífilis em gestantes no período de 2017 a 2020. A taxa de incidência de sífilis congênita passou de 4,0/1.000 nascidos vivos, em 2017, para 2,0/1.000 nascidos vivos, em 2019, evidenciando uma redução. Embora a cobertura de testes rápidos estejam baixa, os dados indicam uma melhora nas ações de vigilância, refletindo na atenção pré-natal, na qual realizaram-se várias intervenções para sua melhoria, tais como: diagnóstico situacional pelo diagrama de SchiKawa, capacitação dos profissionais sobre a testagem, estabeleceu-se fluxos de atendimentos e aplicação dos protocolos, rodas sobre orientação sexual/identidade de gênero, cursos sobre aplicação e efeitos adversos da penicilina, sensibilização quanto à captação precoce das gestantes e parcerias sexuais pelos ACS, cursos sobre preenchimento das fichas e-SUS e investigação de sífilis com critério de definição de caso, implementação do pré-natal do parceiro nas Unidade Básica de Saúde. Além disso, houve apresentação dos indicadores para os profissionais de saúde da ESF/ACS e sensibilização para o seu alcance. Há um processo contínuo de monitoramento e avaliação das produções dos profissionais por meio dos sistemas de informação, sendo importante para mudança do planejamento das ações de saúde. Conclusão: O trabalho permitiu uma análise da situação de saúde. Embora não se tenha alcançado os indicadores, essas estratégias foram essenciais para o combate da transmissão vertical. Entende-se que para melhoria desses indicadores é necessário o envolvimento de todos: gestão, profissionais e comunidade.