OBJETIVIDADE JORNALÍSTICA POR APROXIMAÇÃO OU COMO RITUAL ESTRATÉGICO

R. Henriques
{"title":"OBJETIVIDADE JORNALÍSTICA POR APROXIMAÇÃO OU COMO RITUAL ESTRATÉGICO","authors":"R. Henriques","doi":"10.9771/contemporanea.v19i2.35543","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Este artigo apresenta dois posicionamentos teóricos possíveis frente à questão da objetividade jornalística: a intersubjetividade (MEYER, 1989; SPONHOLZ, 2009) e a objetividade como ritual estratégico (TUCHMAN, 1999). Por meio de revisão crítica de literatura do gênero narrativa, é possível observar que esses são dois caminhos possíveis e bastante distintos para se responder o que está em jogo quando o jornalista reivindica a objetividade para si. No primeiro, é preciso discutir, antes de qualquer coisa, o fundamento ontológico do mundo em que vivemos e qual é a melhor maneira de se conhecer a realidade. Na segunda perspectiva, o jornalista segue uma série de procedimentos, não porque assim acredita que vai acessar a objetividade, mas porque essa metodologia é um modo de defesa contra os riscos da profissão. Como resultados, podemos indicar que, no intersubjetivismo, o compromisso da atividade jornalística é com os acontecimentos, independentemente de interpretação subjetiva. A presença de variados pontos de vista é, na verdade, uma estratégia de aproximação com o que ocorreu. Como não resulta de nenhuma compreensão ontológica da existência, para o ritual estratégico, o que importa quando se trata de objetividade, é o jornalista se resguardar da exposição e deixar que os fatos “falem por si mesmos”, como se isso fosse uma operação possível. É nesse sentido que se evidencia a importância de embasamento ontológico na antiga, e ainda pertinente, discussão sobre objetividade jornalística.","PeriodicalId":138673,"journal":{"name":"Contemporânea Revista de Comunicação e Cultura","volume":"82 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2021-11-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Contemporânea Revista de Comunicação e Cultura","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.9771/contemporanea.v19i2.35543","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
引用次数: 0

Abstract

Este artigo apresenta dois posicionamentos teóricos possíveis frente à questão da objetividade jornalística: a intersubjetividade (MEYER, 1989; SPONHOLZ, 2009) e a objetividade como ritual estratégico (TUCHMAN, 1999). Por meio de revisão crítica de literatura do gênero narrativa, é possível observar que esses são dois caminhos possíveis e bastante distintos para se responder o que está em jogo quando o jornalista reivindica a objetividade para si. No primeiro, é preciso discutir, antes de qualquer coisa, o fundamento ontológico do mundo em que vivemos e qual é a melhor maneira de se conhecer a realidade. Na segunda perspectiva, o jornalista segue uma série de procedimentos, não porque assim acredita que vai acessar a objetividade, mas porque essa metodologia é um modo de defesa contra os riscos da profissão. Como resultados, podemos indicar que, no intersubjetivismo, o compromisso da atividade jornalística é com os acontecimentos, independentemente de interpretação subjetiva. A presença de variados pontos de vista é, na verdade, uma estratégia de aproximação com o que ocorreu. Como não resulta de nenhuma compreensão ontológica da existência, para o ritual estratégico, o que importa quando se trata de objetividade, é o jornalista se resguardar da exposição e deixar que os fatos “falem por si mesmos”, como se isso fosse uma operação possível. É nesse sentido que se evidencia a importância de embasamento ontológico na antiga, e ainda pertinente, discussão sobre objetividade jornalística.
通过方法或作为战略仪式的新闻客观性
本文对新闻客观性问题提出了两种可能的理论立场:主体间性(MEYER, 1989; MEYER, 1990; MEYER, 1991; MEYER, 1991; MEYER, 1991; MEYER, 1991; MEYER, 1991; MEYER, 1991)SPONHOLZ, 2009)和客观性作为战略仪式(TUCHMAN, 1999)。通过对叙事类型文学的批判性回顾,我们可以观察到,当记者声称自己是客观的时候,这是两种可能的、非常不同的方式来回答什么是危险的。首先,我们必须讨论我们所生活的世界的本体论基础,以及了解现实的最佳方式是什么。从第二个角度来看,记者遵循一系列的程序,不是因为他相信这样他就能获得客观性,而是因为这种方法是一种防范职业风险的方法。因此,我们可以指出,在主体间主义中,新闻活动的承诺是与事件有关的,而不考虑主观解释。不同观点的存在实际上是一种接近所发生事情的策略。由于它不是对存在的本体论理解的结果,对于战略仪式来说,当涉及到客观性时,重要的是记者避免暴露,让事实“为自己说话”,就好像这是一种可能的操作。正是在这个意义上,本体论基础在旧的、仍然相关的新闻客观性讨论中的重要性得到了强调。
本文章由计算机程序翻译,如有差异,请以英文原文为准。
求助全文
约1分钟内获得全文 求助全文
来源期刊
自引率
0.00%
发文量
0
×
引用
GB/T 7714-2015
复制
MLA
复制
APA
复制
导出至
BibTeX EndNote RefMan NoteFirst NoteExpress
×
提示
您的信息不完整,为了账户安全,请先补充。
现在去补充
×
提示
您因"违规操作"
具体请查看互助需知
我知道了
×
提示
确定
请完成安全验证×
copy
已复制链接
快去分享给好友吧!
我知道了
右上角分享
点击右上角分享
0
联系我们:info@booksci.cn Book学术提供免费学术资源搜索服务,方便国内外学者检索中英文文献。致力于提供最便捷和优质的服务体验。 Copyright © 2023 布克学术 All rights reserved.
京ICP备2023020795号-1
ghs 京公网安备 11010802042870号
Book学术文献互助
Book学术文献互助群
群 号:604180095
Book学术官方微信