{"title":"As oscilações de estilo no Já Paraíba","authors":"O. Fulaneti, D. Melo","doi":"10.17648/eidea-19-2410","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"O presente artigo consiste na análise da cobertura de um infanticídio ocorrido em 2013, o caso Fernanda Ellen, pelo jornal sensacionalista Já Paraíba. A leitura das manchetes e reportagens com depoimentos de parentes e policiais envolvidos na investigação mostrou que o éthos do diário sofreu variações que construíram um discurso particularmente distinto da média das matérias comumente publicadas no Já, dada a gravidade das circunstâncias que a tragédia envolvia. Nesse contexto, surge a questão: pode o mesmo diário operar com dois ethé distintos nas coberturas de crimes? Para respondê-la, a contribuição da Semiótica Tensiva pareceu bastante pertinente. Uma análise comparativa entre a cobertura de crimes “previsíveis” contra mulheres e do Caso Fernanda Ellen mostra a existência de gradações de um mesmo ethos no Já Paraíba, além de um frutífero casamento entre Ethos e Semiótica Tensiva. ","PeriodicalId":359054,"journal":{"name":"Revista Eletrônica de Estudos Integrados em Discurso e Argumentação","volume":"14 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2019-08-31","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Revista Eletrônica de Estudos Integrados em Discurso e Argumentação","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.17648/eidea-19-2410","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
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Abstract
O presente artigo consiste na análise da cobertura de um infanticídio ocorrido em 2013, o caso Fernanda Ellen, pelo jornal sensacionalista Já Paraíba. A leitura das manchetes e reportagens com depoimentos de parentes e policiais envolvidos na investigação mostrou que o éthos do diário sofreu variações que construíram um discurso particularmente distinto da média das matérias comumente publicadas no Já, dada a gravidade das circunstâncias que a tragédia envolvia. Nesse contexto, surge a questão: pode o mesmo diário operar com dois ethé distintos nas coberturas de crimes? Para respondê-la, a contribuição da Semiótica Tensiva pareceu bastante pertinente. Uma análise comparativa entre a cobertura de crimes “previsíveis” contra mulheres e do Caso Fernanda Ellen mostra a existência de gradações de um mesmo ethos no Já Paraíba, além de um frutífero casamento entre Ethos e Semiótica Tensiva.