{"title":"EPO E DOPING: REVISÃO DA LITERATURA","authors":"Márcia Helena Bezerra Marques","doi":"10.51161/hematoclil/60","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Introdução: A eritropoietina é um hormônio glicoproteico, que é produzido no córtex renal, o qual estimula as células troncos da medula óssea a diferenciarem-se em hemácias. Objetivo: Nesse contexto, o presente trabalho tem como objetivo apresentar como o EPO é utilizado no meio esportivo e seus efeitos para os indivíduos. Material e métodos: Como técnica metodológica, foi realizado estudo sistemático da literatura científica, na qual a pesquisa se embasou nos materiais da SciELO e PubMED, utilizando-se as palavras-chaves: eritropoietina, doping, esporte e efeitos tanto em português quanto em inglês. Resultados: A Eritropoietina apresenta a capacidade de aumentar a potência aeróbica máxima durante os exercícios físicos, sendo que a elevação da quantidade de hemácias em 275 ml ocasiona o aumento do transporte de oxigênio em 100 ml, e o potencial extra de O2 é de meio litro por minuto. Assim, favorece uma melhor performance aos atletas em médias altitudes (1500- 2500m). Apesar do uso dessa substância beneficiar a oxigenação do sangue, a EPO gera diversos impactos para o corpo humano e é considerado doping pelo Comitê Olímpico Internacional. Diante dessas conjecturas, vale ressaltar alguns efeitos, como o aumento na viscosidade sanguínea e consequentemente à elevação do hematócrito, deste modo, elevam-se as possibilidades de hipertensão arterial, trombose da fístula arteriovenosa e síndrome “pseudogripal”. Ademais, há hipóteses de que as injeções de EPO utilizam o ferro disponível nos músculos para a formação de glóbulos vermelhos, então, prejudicando o sistema muscular. Destaca-se o fato de que não existe um método totalmente eficaz para detectar a sua utilização entre desportistas. Nesse viés, alguns meios utilizados para identificação são o exame urinário, como medição do desgaste do fibrinogênio e a determinação do hematócrito, sendo suspeito casos com uma taxa superior a 50%. Conclusão: Em suma, o uso de tal elemento está relacionado a questão ética, levando em consideração que a detecção em atletas é imprecisa. Desse modo, é necessário conscientizar os jogadores sobre a importância da moral em competições e os impactos que a EPO ocasiona aos indivíduos. Para que assim, sejam realizados jogos mais justos e a saúde no âmbito esportivo seja preservada.","PeriodicalId":212401,"journal":{"name":"Anais do II Congresso Brasileiro de Hematologia Clínico-laboratorial On-line","volume":"44 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2022-03-07","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Anais do II Congresso Brasileiro de Hematologia Clínico-laboratorial On-line","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.51161/hematoclil/60","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
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Abstract
Introdução: A eritropoietina é um hormônio glicoproteico, que é produzido no córtex renal, o qual estimula as células troncos da medula óssea a diferenciarem-se em hemácias. Objetivo: Nesse contexto, o presente trabalho tem como objetivo apresentar como o EPO é utilizado no meio esportivo e seus efeitos para os indivíduos. Material e métodos: Como técnica metodológica, foi realizado estudo sistemático da literatura científica, na qual a pesquisa se embasou nos materiais da SciELO e PubMED, utilizando-se as palavras-chaves: eritropoietina, doping, esporte e efeitos tanto em português quanto em inglês. Resultados: A Eritropoietina apresenta a capacidade de aumentar a potência aeróbica máxima durante os exercícios físicos, sendo que a elevação da quantidade de hemácias em 275 ml ocasiona o aumento do transporte de oxigênio em 100 ml, e o potencial extra de O2 é de meio litro por minuto. Assim, favorece uma melhor performance aos atletas em médias altitudes (1500- 2500m). Apesar do uso dessa substância beneficiar a oxigenação do sangue, a EPO gera diversos impactos para o corpo humano e é considerado doping pelo Comitê Olímpico Internacional. Diante dessas conjecturas, vale ressaltar alguns efeitos, como o aumento na viscosidade sanguínea e consequentemente à elevação do hematócrito, deste modo, elevam-se as possibilidades de hipertensão arterial, trombose da fístula arteriovenosa e síndrome “pseudogripal”. Ademais, há hipóteses de que as injeções de EPO utilizam o ferro disponível nos músculos para a formação de glóbulos vermelhos, então, prejudicando o sistema muscular. Destaca-se o fato de que não existe um método totalmente eficaz para detectar a sua utilização entre desportistas. Nesse viés, alguns meios utilizados para identificação são o exame urinário, como medição do desgaste do fibrinogênio e a determinação do hematócrito, sendo suspeito casos com uma taxa superior a 50%. Conclusão: Em suma, o uso de tal elemento está relacionado a questão ética, levando em consideração que a detecção em atletas é imprecisa. Desse modo, é necessário conscientizar os jogadores sobre a importância da moral em competições e os impactos que a EPO ocasiona aos indivíduos. Para que assim, sejam realizados jogos mais justos e a saúde no âmbito esportivo seja preservada.