{"title":"DO “NÓ DO 2º. GRAU” AO ULTRACONSERVADORISMO DA ATUAL POLÍTICA DE ENSINO MÉDIO NO BRASIL: ATUALIDADE E URGÊNCIA DO PENSAMENTO DE DERMEVAL SAVIANI","authors":"M. Ramos","doi":"10.22409/TN.V19I39.49427","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Em 1986, Dermeval Saviani concedeu uma entrevista ao unico numero da Revista Bimestre, editada pelo MEC/INEP/CENAFOR3, tratando do “no da educacao brasileira”, o entao 2o Grau4. Naquele momento, essa designacao esclarecia o que o entrevistador via como um “emaranhado de interpretacoes” que caracterizaria tal nivel de ensino. A resposta do nosso educador nos permitiu entender que nao havia, propriamente, um “emaranhado de interpretacoes” sobre o 2o. Grau, mas sim a falta de equacionamento do real problema. Saviani foi claro: o “no” que precisaria ser desfeito implicava superar seu historico carater “pendular” decorrente da indefinicao de sua funcao. Se essas eram claras para os 1o e 3o graus, o mesmo nao ocorria com o 2o, que visava, ora preparar para o prosseguimento de estudos – a chamada funcao propedeutica – ora a terminalidade, mediante funcao profissionalizante. Tal indefinicao expressava como a sociedade via a articulacao entre trabalho e educacao. Este era o primeiro problema a ser resolvido.","PeriodicalId":284284,"journal":{"name":"Revista Trabalho Necessário","volume":"AES-13 6","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2021-06-16","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Revista Trabalho Necessário","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.22409/TN.V19I39.49427","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
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Abstract
Em 1986, Dermeval Saviani concedeu uma entrevista ao unico numero da Revista Bimestre, editada pelo MEC/INEP/CENAFOR3, tratando do “no da educacao brasileira”, o entao 2o Grau4. Naquele momento, essa designacao esclarecia o que o entrevistador via como um “emaranhado de interpretacoes” que caracterizaria tal nivel de ensino. A resposta do nosso educador nos permitiu entender que nao havia, propriamente, um “emaranhado de interpretacoes” sobre o 2o. Grau, mas sim a falta de equacionamento do real problema. Saviani foi claro: o “no” que precisaria ser desfeito implicava superar seu historico carater “pendular” decorrente da indefinicao de sua funcao. Se essas eram claras para os 1o e 3o graus, o mesmo nao ocorria com o 2o, que visava, ora preparar para o prosseguimento de estudos – a chamada funcao propedeutica – ora a terminalidade, mediante funcao profissionalizante. Tal indefinicao expressava como a sociedade via a articulacao entre trabalho e educacao. Este era o primeiro problema a ser resolvido.