{"title":"APRIMORAMENTO COGNITIVO POR MEIO DE NOOTRÓPICOS EFICAZES: UMA ABORDAGEM\n CONSEQUENCIALISTA","authors":"Bruno Gonçalves dos Santos","doi":"10.5935/2179-9180.20190012","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"A pratica do uso de medicamentos que prometem aprimorar o funcionamento de certas capacidades cerebrais, como memoria e concentracao, tem se intensificado. Individuos considerados saudaveis fazem uso indiscriminado de tais drogas na esperanca de melhorar seus resultados nos estudos ou trabalho. De tal pratica surge um problema moral: seria permissivel que as pessoas usem substâncias para melhorar seu desempenho cognitivo e, portanto, modificar suas capacidades especificas cerebrais (como memoria ou concentracao)? Para abordar tal problema em etica aplicada, precisamos de um modelo normativo que consiga nos indicar quais sao nossos deveres. Com a finalidade de responder o problema proposto eu sugiro que aceitemos um modelo normativo consequencialista que tera a finalidade de nos indicar se a pratica do uso de medicamentos com a finalidade de melhorar nossas capacidades cognitivas e moralmente permissivel ou nao. Baseado em tal modelo normativo e nas informacoes acerca dos resultados do uso de uma classe de medicamentos – conhecidos como “nootropicos” – concluo pela nao permissibilidade do uso para fins de aprimoramento, porque tal pratica gera, como consequencia, mais danos que beneficios aos individuos.","PeriodicalId":107480,"journal":{"name":"Revista Guairacá de Filosofia","volume":"23 32","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2019-12-11","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"1","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Revista Guairacá de Filosofia","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.5935/2179-9180.20190012","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
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Abstract
A pratica do uso de medicamentos que prometem aprimorar o funcionamento de certas capacidades cerebrais, como memoria e concentracao, tem se intensificado. Individuos considerados saudaveis fazem uso indiscriminado de tais drogas na esperanca de melhorar seus resultados nos estudos ou trabalho. De tal pratica surge um problema moral: seria permissivel que as pessoas usem substâncias para melhorar seu desempenho cognitivo e, portanto, modificar suas capacidades especificas cerebrais (como memoria ou concentracao)? Para abordar tal problema em etica aplicada, precisamos de um modelo normativo que consiga nos indicar quais sao nossos deveres. Com a finalidade de responder o problema proposto eu sugiro que aceitemos um modelo normativo consequencialista que tera a finalidade de nos indicar se a pratica do uso de medicamentos com a finalidade de melhorar nossas capacidades cognitivas e moralmente permissivel ou nao. Baseado em tal modelo normativo e nas informacoes acerca dos resultados do uso de uma classe de medicamentos – conhecidos como “nootropicos” – concluo pela nao permissibilidade do uso para fins de aprimoramento, porque tal pratica gera, como consequencia, mais danos que beneficios aos individuos.