Utilização de blocos de estéril provenientes da lavra de rochas ornamentais do Espírito Santo na construção de uma estrutura de contenção à jusante (EJC) em Minas Gerais

Abstract

A mina de Gongo Soco, localizada na cidade mineira de Barão de Cocais, pertencente à Vale S.A produziu ouro e minério de ferro do início do século XVII até o mês de abril do ano de 2016. No início do ano de 2019 percebeu-se uma movimentação irregular no talude norte da cava da mina desativada, que atualmente encontra-se parcialmente preenchida por água do lençol subterrâneo. As vibrações, a movimentação de massa sólida e líquida proveniente do rompimento abrupto deste talude poderia atingir a Barragem Sul Superior, distante 1,5 km da cava da mina, podendo levar ao seu rompimento. Com isso, a empresa Vale S.A iniciou a construção de um muro de contenção utilizando blocos de rochas ornamentais sem valor comercial, provenientes do estado do Espírito Santo, para que, no caso de um rompimento da barragem, o rejeito não atingisse as cidades de Barão de Cocais, Santa Bárbara e São Gonçalo do Rio Abaixo. Verifica-se com isso que o setor de rochas ornamentais colabora com minimização do impacto ambiental e social de um possível rompimento de barragem de rejeitos.