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Abstract
O artigo discute o paradoxo enfrentado por movimentos sociais quando passam não apenas a atuar em terrenos tradicionais da luta política (reivindicação de direitos, organização cooperativa etc.), mas também nos mercados, domínios compreendidos frequentemente como portadores de valores inconciliáveis. A discussão é amparada no argumento de Viviana Zelizer (2005, 2009), para quem tal contradição não corresponde à maneira como as pessoas agem nem no domínio dos mercados nem nos domínios mais pessoais. Tal argumento é desenvolvido a partir de trabalho de campo realizado com agricultores ecológicos e técnicos no município de São Joaquim, Santa Catarina, os quais, a partir da organização da produção em cooperativas e da venda em feiras locais e regionais, passaram também a se relacionar com grandes redes de supermercados.