M. R. Maciel, T. R. Sousa, Regina Lúcia Sucupira Pedroza
{"title":"Entrelaçamentos entre Psicanálise, Educação e Política: Experiências nos Espaços Escolares","authors":"M. R. Maciel, T. R. Sousa, Regina Lúcia Sucupira Pedroza","doi":"10.5020/23590777.rs.v22i2.e11475","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Neste artigo, temos como objetivo explorar alguns entrelaçamentos entre os campos da psicanálise, da educação e da política. Começamos com as contribuições freudianas sobre a dinâmica dos grupos, nas quais destacamos a submissão ao líder como forma de controlar hostilidades, porém também a possibilidade de se conceber fratrias que vão além dessa alienação. Seguimos com o que nos diz Winnicott sobre o espaço potencial enquanto lugar para o brincar criativo e para certa concordância possível, tanto no nosso psiquismo quanto entre aqueles que compartilham desta atmosfera. Abordamos, em seguida, o grupo analítico de Balint como exemplo de dispositivo clínico que segue, de forma semelhante, nessa linha traçada. Passamos, enfim, a discutir e a compartilhar três experiências cujo fio condutor consiste em serem relatos de pesquisa no espaço escolar, ilustrando a temática estudada. Além de atravessadas por questões psicanalíticas, educacionais e políticas, essas vivências ressaltam a possibilidade de existência de coletivos que funcionem enquanto espaços criativos. Nessa perspectiva, acreditamos que podem existir lugares de cooperação e de concordância, apesar de inevitáveis conflitos. A partir disso, colocamos a seguinte questão: esses lugares podem ser vinculados a um tipo de posicionamento mais democrático? Por fim, defendemos que mesmo havendo a confrontação - por ser intrínseca à vida humana - pode existir diferentes possibilidades de criar soluções coletivamente.","PeriodicalId":296766,"journal":{"name":"Revista Subjetividades","volume":"121 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2022-06-15","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Revista Subjetividades","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.5020/23590777.rs.v22i2.e11475","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
引用次数: 0
Abstract
Neste artigo, temos como objetivo explorar alguns entrelaçamentos entre os campos da psicanálise, da educação e da política. Começamos com as contribuições freudianas sobre a dinâmica dos grupos, nas quais destacamos a submissão ao líder como forma de controlar hostilidades, porém também a possibilidade de se conceber fratrias que vão além dessa alienação. Seguimos com o que nos diz Winnicott sobre o espaço potencial enquanto lugar para o brincar criativo e para certa concordância possível, tanto no nosso psiquismo quanto entre aqueles que compartilham desta atmosfera. Abordamos, em seguida, o grupo analítico de Balint como exemplo de dispositivo clínico que segue, de forma semelhante, nessa linha traçada. Passamos, enfim, a discutir e a compartilhar três experiências cujo fio condutor consiste em serem relatos de pesquisa no espaço escolar, ilustrando a temática estudada. Além de atravessadas por questões psicanalíticas, educacionais e políticas, essas vivências ressaltam a possibilidade de existência de coletivos que funcionem enquanto espaços criativos. Nessa perspectiva, acreditamos que podem existir lugares de cooperação e de concordância, apesar de inevitáveis conflitos. A partir disso, colocamos a seguinte questão: esses lugares podem ser vinculados a um tipo de posicionamento mais democrático? Por fim, defendemos que mesmo havendo a confrontação - por ser intrínseca à vida humana - pode existir diferentes possibilidades de criar soluções coletivamente.