{"title":"SOBRE FAZERES E SABERES FRONTEIRIÇOS","authors":"Marcos de Jesus Oliveira","doi":"10.26512/pl.v6i11.11728","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"O presente trabalho tem como objetivo refletir sobre as alternativas epistemológicas abertas por Frantz Fanon e por Gloria Anzaldúa, destacando os elementos de suas obras desde os quais se entreveem, no entrecruzamento entre corpus e corpo, saberes e fazeres fronteiriços cuja força desloca compreensões correntes sobre os lugares de enunciação, sobre a filosofia da consciência e da representação. Conforme se argumentará, a indissociabilidade entre corpus e corpo, fundamental a uma epistemologia de fronteira, representa um gesto de recusa à racialização de si operada pelos mecanismos de poder colonial, inaugurando um percurso teórico no qual a marca ontológica de inferiorização é um dos elementos centrais de uma crítica contundente aos saberes/poderes constituídos.","PeriodicalId":137834,"journal":{"name":"PÓLEMOS – Revista de Estudantes de Filosofia da Universidade de Brasília","volume":"15 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2017-08-03","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"PÓLEMOS – Revista de Estudantes de Filosofia da Universidade de Brasília","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.26512/pl.v6i11.11728","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
引用次数: 0
Abstract
O presente trabalho tem como objetivo refletir sobre as alternativas epistemológicas abertas por Frantz Fanon e por Gloria Anzaldúa, destacando os elementos de suas obras desde os quais se entreveem, no entrecruzamento entre corpus e corpo, saberes e fazeres fronteiriços cuja força desloca compreensões correntes sobre os lugares de enunciação, sobre a filosofia da consciência e da representação. Conforme se argumentará, a indissociabilidade entre corpus e corpo, fundamental a uma epistemologia de fronteira, representa um gesto de recusa à racialização de si operada pelos mecanismos de poder colonial, inaugurando um percurso teórico no qual a marca ontológica de inferiorização é um dos elementos centrais de uma crítica contundente aos saberes/poderes constituídos.