{"title":"Festivais de filmes da diversidade sexual e os “LGBTs sem fronteiras”: o caso de um cinema transnacional","authors":"Marcos Aurélio de Barros Silva","doi":"10.22475/rebeca.v11n1.792","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"O trabalho pretende lançar algumas observações sobre a “cultura LGBT” que tem se constituído nos países ocidentais, nas últimas décadas, para dar conta das relações afetivas/eróticas entre pessoas do “mesmo sexo”. Essa movimentação política e cultural, expressiva também no Brasil, chega a contar com um mito de origem – Stonewall, junho de 1969 – e compartilha de formas semelhantes de ação política (ONGs, paradas gays), temáticas da produção cinematográfica – cinema queer, LGBT ou da diversidade sexual – e toda uma cultura urbana que aponta para antigas e novas territorialidades e temporalidades (meios de comunicação, vida noturna e casamento igualitário). Localizando-se o pesquisador em uma etnografia no Festival Mix Brasil de Cinema e Vídeo da Diversidade Sexual e os filmes exibidos em 18 edições (1993-2010), este trabalho pretende uma discussão sobre modos contemporâneos de subjetivação que se desenrolam na produção, exibição e circulação de imagens ligadas ou relacionadas àquelas “políticas de representação”. Quais as bases dessas práticas representacionais e dessa transnacionalização da sexualidade e, principalmente, quais os seus limites e limitações? E, principalmente, por que toda essa movimentação pouco contribui para questionamentos mais profundos como a dicotomia sexual, a misoginia e a LGBTfobia que constituem os discursos sobre sexo e sexualidade?","PeriodicalId":325217,"journal":{"name":"Rebeca - Revista Brasileira de Estudos de Cinema e Audiovisual","volume":"26 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2022-07-29","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Rebeca - Revista Brasileira de Estudos de Cinema e Audiovisual","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.22475/rebeca.v11n1.792","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
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Abstract
O trabalho pretende lançar algumas observações sobre a “cultura LGBT” que tem se constituído nos países ocidentais, nas últimas décadas, para dar conta das relações afetivas/eróticas entre pessoas do “mesmo sexo”. Essa movimentação política e cultural, expressiva também no Brasil, chega a contar com um mito de origem – Stonewall, junho de 1969 – e compartilha de formas semelhantes de ação política (ONGs, paradas gays), temáticas da produção cinematográfica – cinema queer, LGBT ou da diversidade sexual – e toda uma cultura urbana que aponta para antigas e novas territorialidades e temporalidades (meios de comunicação, vida noturna e casamento igualitário). Localizando-se o pesquisador em uma etnografia no Festival Mix Brasil de Cinema e Vídeo da Diversidade Sexual e os filmes exibidos em 18 edições (1993-2010), este trabalho pretende uma discussão sobre modos contemporâneos de subjetivação que se desenrolam na produção, exibição e circulação de imagens ligadas ou relacionadas àquelas “políticas de representação”. Quais as bases dessas práticas representacionais e dessa transnacionalização da sexualidade e, principalmente, quais os seus limites e limitações? E, principalmente, por que toda essa movimentação pouco contribui para questionamentos mais profundos como a dicotomia sexual, a misoginia e a LGBTfobia que constituem os discursos sobre sexo e sexualidade?