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Abstract
Resumo: Este artigo explora, por meio do conto A Velha Rosa (1966) de Reinaldo Arenas, as dinâmicas socioculturais em Cuba nas décadas de 1950-60, para investigar as implicações das mudanças culturais, da afirmação de novas subjetividades e sexualidades não normativas na conformação do processo revolucionário, do nacionalismo e das políticas autoritárias do regime cubano após a vitória da revolução em 1959. Tomando a literatura como fonte histórica, a hipótese é a de que o contexto de mudança social radical foi alimentado pela possibilidade de abolir ou modificar as hierarquias sexuais, o que ensejou medidas coercitivas de fundamentação heteronormativa que reatualizaram, num grau mais severo, a exclusão política e social dos homossexuais na ilha. Com isso, busca-se problematizar a visão hegemônica da experiência revolucionária restrita à luta anti-imperialista, ao relacionar sexualidade e autoritarismo na conformação da ditadura cubana.