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Abstract
Os múltiplos saberes ameríndios guardam enorme riqueza sob seus segredos e para se obter as licenças necessárias para adentrar seus mistérios, é preciso, primeiramente, permitir-se experimentar uma perspectiva de mundo mundo bastante diferente das que as culturas ocidentais nos ensinam, deslocando paradigmas a respeito dos modos de subjetivação, de vida e de produção de conhecimento. As culturas originárias do Brasil bebem suas referências sobre vida, arte e educação diretamente das fontes das florestas; com frequência seus saberes advém de experiências xamânicas provocadas pelos efeitos de suas plantas medicinais. Este trabalho apresenta reflexões sobre as possibilidades de aprendizado e de fruição artística sob uma perspectiva ameríndia, partindo de uma pesquisa performativa teórico-prática, denominada práticas xamânicas de si, em que o autor vivencia rituais com ayahuasca e outras medicinas ameríndias deslocando seus paradigmas a respeito da arte e da vida, trabalhando poéticas que apontam horizontes performativos acerca da estética da existência.