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Abstract
No âmbito dos estudos do clima urbano em ambientes tropicais, o campo térmico reveste-se de singular importância, afinal é diretamente influenciado pela complexidade de formas e funções, bem como impacta diretamente no conforto/desconforto térmico humano. Em face disto, o artigo buscou a compreensão da variabilidade térmica espacial no bairro Bangu, localizado na Zona Oeste do município do Rio de Janeiro (RJ). Para esse fim, três etapas metodológicas foram articuladas: reconhecimento das unidades da paisagem existentes no bairro a partir de técnica estatística de regionalização dos elementos físicos, biológicos e antrópicos; mapeamento da temperatura de superfície de inverno por imagens orbitais; e, realização de transectos móveis em intervalos de duas horas no dia 14/09/2018 para avaliação das condições in situ e potenciais de aquecimento e arrefecimento na escala do dia. Para o bairro Bangu foram identificadas 15 unidades de paisagem; as unidades com predominância de formas artificializadas, com intenso fluxo urbano, concentração de material particulado e funções associadas ao comércio, serviços e residencial manifestaram, sejam na coleta in situ ou via sensoriamento remoto, as maiores temperaturas intrabairro e os menores gradientes de arrefecimento. Em termos quantitativos, apresentou temperatura superficial superior à 30ºC, intensidade térmica de até +8,8ºC e gradiente térmico diário de até 5.6ºC. Já aquelas unidades com predomino de formas naturais, tais como as encostas vegetadas dos maciços locais, a temperatura superficial foi inferior a 26ºC e o gradiente de térmico diário de até 10,6ºC, demonstrando a importância das formas naturais e funções ecossistêmicas para o campo térmico.