A. B. Gomes, David Balbino Pascoal, Felipe Jatobá Leite Nonato de Sá, Francisco Rodrigues Nascimento Junior, Gabrielly de Santana Guerra, J. Bernardo, C. P. Lobo
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Abstract
Introdução: Diagnóstico de infecção pelo vírus da imunodeficiência humana é realizado por ensaios imunológicos e mapeamento do genoma, que inclui genes codificadores de enzimas virais e proteínas estruturais do envelope viral e codificadas pelos genes gag ou pol. Nesse ponto, os testes são categorizados em rápidos e complementares. Objetivo: Esclarecer os métodos laboratoriais para diagnóstico da infecção pelo vírus da imunodeficiência humana. Métodos: Revisão de literatura integrativa, realizada no PubMed e BVS utilizando os descritores “laboratory methods diagnosis” e “HIV infection”, combinados pelo operador booleano AND. Utilizaram-se filtros de cinco anos, elegendo-se meta-análises e ensaios clínicos randomizados, em modelos humanos e sem limitação linguística. As pesquisas retornaram respectivamente 280 e 110 resultados. Como critério de inclusão, selecionaram-se artigos que abrangeram o recorte de análise, enquanto os de exclusão descartaram-se duplicatas. Após interpretação dos títulos e resumos, obtiveram-se 20 trabalhos. Resultados: Evidencia-se como método de detecção: ensaio imunoenzimático indireto do tipo imunoenzimático com antígenos recombinantes ou peptídeos sintéticos para verificar níveis de IgG, com soroconversão de 25 a 35 dias. Ensaio imunométrico com uso de antígenos recombinantes ou peptídeos sintéticos que permite tanto qualificar e quantificar IgM e IgG, como também identificar antígeno p24 (anticorpo monoclonal), com janela imunológica de 15 a 20 dias. Métodos moleculares mostram-se eficazes na confirmação diagnóstica, pois possibilitam reconhecimento precoce da infecção ou da fase crônica, mesmo em pacientes com viremia indetectável, por meio das imunoblot e imunofluorescência indireta, permitindo identificação mesmo com baixos níveis de anticorpos e curtos períodos de soroconversão. Dessa forma esses exames apresentam benefícios quanto à sensibilidade e à especificidade variáveis, além de oferecer exatidão frente aos erros pré-analíticos e às falhas operacionais no manuseio. Conclusão: Testes moleculares possuem maior eficácia diagnóstica e melhor identificação de infecção recente e crônica, mesmo em pacientes com apresentação subclínica. Desenvolvimento de novas metodologias e novos protocolos apresenta-se como oportunidade para detecção mais precisa.