{"title":"Aporias de uma dupla crise: história e memória diante de novos enquadramentos teóricos","authors":"Marcos Napolitano","doi":"10.22478/UFPB.2317-6725.2018V39N39.40930","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Este artigo analisa os impactos teóricos e historiográficos a partir da relação estabelecida entre história e memória como categorias de conhecimento sobre o passado. Partimos do princípio de que as experiências extremas pós-Segunda Guerra Mundial obrigaram a um desenquadramento destas duas categorias, tal como haviam sido formatadas no século XIX, instaurando uma crise em ambas e demandando por uma nova equação na interpretação do passado, sobretudo o chamado “passado recente”. Esta crise, de efeitos epistemológicos, teóricos e historiográficos tem um impacto direto no debate sobre a memória e a história das ditaduras do Cone Sul, ao impor novos regimes de memória e de história. Nestes, o debate sobre “Resistência” e “Holocausto”, advindos da experiência da Segunda Guerra Mundial e da luta contra o nazifascismo, ocupam um lugar central na memorização e na análise dos processos históricos recentes.","PeriodicalId":214426,"journal":{"name":"Sæculum – Revista de História","volume":"23 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2018-12-17","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"3","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Sæculum – Revista de História","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.22478/UFPB.2317-6725.2018V39N39.40930","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
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Abstract
Este artigo analisa os impactos teóricos e historiográficos a partir da relação estabelecida entre história e memória como categorias de conhecimento sobre o passado. Partimos do princípio de que as experiências extremas pós-Segunda Guerra Mundial obrigaram a um desenquadramento destas duas categorias, tal como haviam sido formatadas no século XIX, instaurando uma crise em ambas e demandando por uma nova equação na interpretação do passado, sobretudo o chamado “passado recente”. Esta crise, de efeitos epistemológicos, teóricos e historiográficos tem um impacto direto no debate sobre a memória e a história das ditaduras do Cone Sul, ao impor novos regimes de memória e de história. Nestes, o debate sobre “Resistência” e “Holocausto”, advindos da experiência da Segunda Guerra Mundial e da luta contra o nazifascismo, ocupam um lugar central na memorização e na análise dos processos históricos recentes.