A boa administração morreu, viva a boa administração! A inusitada vinculação dos Estados-Membros ao padrão de boa administração decorrente do direito da União Europeia: um comentário ao caso Ispas
{"title":"A boa administração morreu, viva a boa administração! A inusitada vinculação dos Estados-Membros ao padrão de boa administração decorrente do direito da União Europeia: um comentário ao caso Ispas","authors":"Sophie Perez Fernandes","doi":"10.16890/RSTPR.A6.N12.P225","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Desde a consagracao do “direito a uma boa administracao” na Carta dos Direitos Fundamentais da Uniao Europeia (CDFUE) que o interesse pela tematica da boa administracao na ordem juridica da Uniao Europeia tem recebido alento renovado. Isto, pese embora as dificuldades trazidas a luz do dia pelos contornos especificos da disposicao normativa em causa – o artigo 41o CDFUE. Na jurisprudencia do Tribunal de Justica, o debate conheceu discreto, mas, porventura, terminante desenvolvimento no acordao Ispas. Atraves de uma leitura conjunta do acordao com as Conclusoes apresentadas pelo Advogado-Geral Michal Bobek no quadro do mesmo processo, o presente texto procura contextualizar o caso Ispas a luz do enquadramento do exercicio da funcao administrativa da Uniao pelas autoridades administrativas dos Estados-Membros e, em particular, da problematica resultante da nao inclusao dos Estados-Membros no âmbito de aplicacao do artigo 41o CDFUE relativo ao “direito a uma boa administracao”.","PeriodicalId":211591,"journal":{"name":"Rev. secr. Trib. perm. revis.","volume":"32 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2018-09-03","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Rev. secr. Trib. perm. revis.","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.16890/RSTPR.A6.N12.P225","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
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Abstract
Desde a consagracao do “direito a uma boa administracao” na Carta dos Direitos Fundamentais da Uniao Europeia (CDFUE) que o interesse pela tematica da boa administracao na ordem juridica da Uniao Europeia tem recebido alento renovado. Isto, pese embora as dificuldades trazidas a luz do dia pelos contornos especificos da disposicao normativa em causa – o artigo 41o CDFUE. Na jurisprudencia do Tribunal de Justica, o debate conheceu discreto, mas, porventura, terminante desenvolvimento no acordao Ispas. Atraves de uma leitura conjunta do acordao com as Conclusoes apresentadas pelo Advogado-Geral Michal Bobek no quadro do mesmo processo, o presente texto procura contextualizar o caso Ispas a luz do enquadramento do exercicio da funcao administrativa da Uniao pelas autoridades administrativas dos Estados-Membros e, em particular, da problematica resultante da nao inclusao dos Estados-Membros no âmbito de aplicacao do artigo 41o CDFUE relativo ao “direito a uma boa administracao”.