Marcela BELEZA DE CASTRO, João CÂNDIDO ANDRÉ DA SILVA NETO
{"title":"INFLUÊNCIA HIDROCLIMÁTICA NAS INTERNAÇÕES POR DIARREIA AGUDA, MANAUS, AMAZONAS, BRASIL.","authors":"Marcela BELEZA DE CASTRO, João CÂNDIDO ANDRÉ DA SILVA NETO","doi":"10.21170/geonorte.2023.v.14.n.43.115.131","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Este estudo analisou a influência hidroclimática na transmissão da diarreia aguda em Manaus nos anos 2000 a 2018. Os dados utilizados foram: pluviosidade, temperaturas e umidade, obtidas no INMET; dados da cota do rio obtidos no Porto de Manaus; dados de ocorrências de alagação foram obtidas na Defesa Civil. Em relação aos dados da diarreia aguda, utilizou-se o Sistema de Informações Hospitalares, especificamente, dados que compõem o CID 10: A00–A09. Os resultados indicaram que a diarreia apresentou pouca variabilidade anual e picos de internações entre os meses de janeiro e abril. Os resultados da Correlação de Pearson indicaram que a variável umidade, temperatura mínima e média apresentaram melhores correlações, embora fracas (R2=0,3 ou -0,3). Somente as variáveis cota máxima, mínima, chuva e alagações foram significativas (p=0,4433; 0,326; 0,310; 0,296). Quanto à predição da doença pela análise de regressão multivariada, a umidade teve maior valor correlação e menor significância (R2= 7,7%; p=0,000); seguidas da cota média (R2= 4,7%) e alagação (R2= 1,3%), ambas com significância estatística (p.= 0,130 e 0,296, respectivamente). Concluiu-se que algumas variáveis hidroclimáticas não foram suficientes na predição da doença, assim, sugere-se considerar outros determinantes da saúde que estejam associadas a sua transmissão, como condições socioeconômicas e socioculturais.","PeriodicalId":364854,"journal":{"name":"REVISTA GEONORTE","volume":"310 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2023-05-11","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"REVISTA GEONORTE","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.21170/geonorte.2023.v.14.n.43.115.131","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
引用次数: 0
Abstract
Este estudo analisou a influência hidroclimática na transmissão da diarreia aguda em Manaus nos anos 2000 a 2018. Os dados utilizados foram: pluviosidade, temperaturas e umidade, obtidas no INMET; dados da cota do rio obtidos no Porto de Manaus; dados de ocorrências de alagação foram obtidas na Defesa Civil. Em relação aos dados da diarreia aguda, utilizou-se o Sistema de Informações Hospitalares, especificamente, dados que compõem o CID 10: A00–A09. Os resultados indicaram que a diarreia apresentou pouca variabilidade anual e picos de internações entre os meses de janeiro e abril. Os resultados da Correlação de Pearson indicaram que a variável umidade, temperatura mínima e média apresentaram melhores correlações, embora fracas (R2=0,3 ou -0,3). Somente as variáveis cota máxima, mínima, chuva e alagações foram significativas (p=0,4433; 0,326; 0,310; 0,296). Quanto à predição da doença pela análise de regressão multivariada, a umidade teve maior valor correlação e menor significância (R2= 7,7%; p=0,000); seguidas da cota média (R2= 4,7%) e alagação (R2= 1,3%), ambas com significância estatística (p.= 0,130 e 0,296, respectivamente). Concluiu-se que algumas variáveis hidroclimáticas não foram suficientes na predição da doença, assim, sugere-se considerar outros determinantes da saúde que estejam associadas a sua transmissão, como condições socioeconômicas e socioculturais.