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Abstract
O presente artigo é uma síntese reflexiva sobre os resultados de uma pesquisa1 para a obtenção do grau de doutor, cujo objectivo central era traçar um retrato emancipador do associativismo e cooperativismo agrário em Trás-os-Montes e Alto-Douro (TMAD), região do interior Norte de Portugal, durante o processo de modernização da agricultura portuguesa, no âmbito da adesão de Portugal à União Europeia (UE) e à Política Agrícola Comum (PAC). Com este estudo pudemos clarificar o papel das associações e cooperativas agrárias no desenvolvimento da agricultura de TMAD, nomeadamente do seu papel central no uso e aplicação do conhecimento científico e tecnológico às actividades dos agricultores e no constante apoio informativo, relacionado com o cumprimento das normas de produção e comercialização europeias. Verificamos que a grande fraqueza deste movimento reside no fraco espírito associativo e cooperativo da larga maioria dos associados e na incapacidade de estas organizações se constituírem como verdadeiros actores na definição das políticas de desenvolvimento agrário nacionais e europeias. Verificamos, ainda, a enorme importância social destas organizações no acompanhamento e apoio a uma população muito envelhecida, pouco instruída e muitas vezes sofrendo de alguma solidão. Por fim, verificamos que são os técnicos superiores destas organizações quem desempenha o papel mais importante no desenvolvimento das próprias organizações e consequentemente de todo o processo de desenvolvimento rural.